Embalada que estou para o show do Guns (uhhhuuuuuuuuuuuuuuu!!!!), a trilha sonora de hoje foi exatamente a música-título desse post. Eu levantei 6h da manhã. Odeio levantar cedo. Precisava chegar no trabalho às 9h. Fui para o ponto às 7h20. Depois de passar quase 10 ônibus e vans, todos lotados, imaginei que o metrô estaria inviável. Mesmo que eu conseguisse um espaço na porta de um dos ônibus que passam perto de casa, ficaria entalada no metrô. Ou seja, transporte público, só para quem pode fazer horário alternativo de trabalho, fugindo do horário de pico. Ou então, trate de se transformar em sardinha e fique feliz na sua lata. Algo que eu não tenho mais paciência nem idade para enfrentar. Se é para demorar, que seja confortavelmente sentada, e não esmagada na porta de um ônibus ou de um metrô por 1h30.
Então, voltei pra casa pra pegar meu carro, algo que tenho tentado deixar ao máximo na garagem porque o trânsito aqui simplesmente é impossível. Já eram 7h40. Adivinha? Cheguei 9h15 no escritório. O cara com quem eu tinha de falar por telefone às 9h já não estava atendendo o celular. Atendeu ligação às 10h e disse que estava em reunião. Ou seja, por que essa mula marcou para eu ligar para ele às 9h, sobre um assunto que é complicado, se 15 minutos depois já estaria ocupado??? Não entendi até agora. O fato é que eu podia ter chegado aqui às 10h30, horário em que tinha de fazer outra ligação para falar com outra pessoa. Horário que dá para pegar ônibus e metrô como gente e não gado confinado em caminhão a caminho do matadouro. Não precisava ter vindo de carro e, principalmente, não precisava acordar de madrugada.
A demora toda no trânsito se deu porque os putos dos políticos daqui resolveram transformar São Paulo em um imenso campo de obras. Tudo por causa desta merda de eleição. Os excelentíssimos tucANUS e DEMoníaco (cujos chefes aqui disputam pau-a-pau a minha profunda, eterna, devotada e sincera antipatia eterna) estão em campanha (Lulalá também, quase toda obra grande aqui tem dinheiro federal no meio), e as obras estão aceleradas porque tem data limite para inaugurar. É um tal de fecha avenida aqui e ali para obra, sem critério de dia, horário, sem ligar se aquilo vai fazer meia São Paulo parar... Uma insanidade!
Bem, São Paulo já é o inferno na terra. Infelizmente, em minha área de trabalho, não tenho muita alternativa, só tem emprego nesse setor nas grandes capitais. No interior não tem lugar para trabalhar. Se tivesse, eu caía fora daqui, toparia ganhar menos para ganhar em qualidade de vida. Mas não é uma opção hoje para mim, infelizmente.
Os políticos daqui resolveram transformar o inferno em algo tão pior que não tenho como definir. Hoje, a alça de acesso para a Marginal estava fechada, mas tem uma alça auxiliar, que passa no meio de uma favela, totalmente demolida pela dupla dinâmica tucanus-demônio por conta da malfadada obra de ampliação das pistas do Tietê. Os pobres pé-rapados da favela foram removidos sabe lá Deus para onde e no lugar, além do lixo e entulho que, claro, vão para no rio Tietê todo dia porque chove todo dia nesse lugar, tem uma imensa placa dizendo que serão construídas moradias para 1.500 famílias.
Pois é: hoje, além de obra pra todo lado, temos placas. Cadê a lei Cidade Limpa, hein, prefeito???? Eu procuro pelas lojas nas grandes avenidas e tenho dificuldade para encontrá-las porque o senhor mandou que as placas fossem de tamanho tal que só em construção grande aparece. A gente fica andando devagar na beira da rua, procurando os locais, que antes dava para ver de longe. Atrapalhando o fluxo, seja de carro ou de pedestre. Mas as placas que vão garantir a manutenção dos senhores no comando do pai Estado estão por toda a parte. Não tem obra nenhuma, ninguém trabalhando, um mísero peão carpindo o terreno, mas as placas estão lá. Um tremendo pega-trouxa, porque é o tipo de recurso que ainda ajuda as pessoas a votarem nessa cambada.
Voltando ao assunto da alça do Tietê... a alça secundária estava lá, entupida de carro. E, pra ajudar mais ainda o paulistano, para chegar nessa alça a gente tem de ficar nas três faixas do lado direito, das seis disponíveis no trecho. As outras três, do lado esquerdo, jogam a gente para o acesso à Fernão Dias/Dutra. E o que acontece nas três faixas do lado direito??? Ahhhhhh, acontece uma enchente. É, além do Jardim Pantanal, ali também está constantemente alagado. Só que agora a água avançou até metade da pista e a gente tem de ir pra esquerda, como se fosse para a Fernão Dias, para depois ir para a direita, contornando assim a água podre ali parada.
E o pior é saber que esses políticos incompetentes - nem falarei das coisas relacionadas a corrupção - vão se eleger. Isso é que é duro nesse país.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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