terça-feira, 31 de março de 2009

Queria entender...

A Xuxa falou que tem orgasmos múltiplos, que dorme sem calcinha e reafirmou a crença em duendes. Todo mundo já sabe disso, e muita gente está comentando o assunto, claro, depois da entrevista do Altas Horas, que eu fiz questão de não ver.

Li teorias na net sobre o lance dos orgasmos estar ligado aos duendes, que teriam poderes mágicos e provocariam os tais frissons sexuais na moça. Um dos duendes levantou o edredon dela e os outros completaram a festa. É, faz sentido, especialmente se você tomou/cheirou/comeu/injetou o que a moça, de 46 anos, deve ter tomado/cheirado/comido/injetado antes de ir pra entrevista.

Acho ridículo, patético, alguém querer desmanchar a imagem de mulher frígida/fria/assexuada por meio de entrevistas-confissões sobre orgasmos e calcinhas e duendes na TV. O fato é que como impacto da entrevista meu sobrinho está terminantemente proibido de ver programa dela, de escutar programa dela, de cantar música dela, de chegar perto de qualquer coisa que lembre a Xuxa. E ai de quem deixar algo disso ocorrer, encarará uma tia furiosa! Todos que tenham sanidade mental e amor à infância deveriam fazer semelhante boicote à quase cinquentona rainha dos baixinhos, que de rainha não tem nada, porque realeza pressupõe uma certa classe e elegância que não combinam com declarações públicas sobre orgasmos e calcinhas e duendes.

Mas, honestamente, de tudo isso, o que me veio de imediato à cabeça foi uma única pergunta: como foi que o meu ídolo, aquele ser maravilhoso e complicado chamado Ayrton Senna da Silva, acabou apaixonadão por uma criatura dessas, meu Deus??? Como, como, como????

Desânimo total

Fui fazer estágio no EJA, o Ensino para Jovens e Adultos. Diria que entre o ruim e o pior, o EJA é o ruim, porque o ensino fundamental é de dar medo, muito medo. Dar aula, pelo que estou vendo, é péssimo. Para qualquer classe, qualquer idade, qualquer escola. Não sei bem onde foram parar as ações básicas de educação, em especial aquela que diz que quando um burro fala, o outro abaixa a orelha. Diálogo pressupõe que um fala e outro escuta e dá tempo para o outro falar e se fica quieto enquanto isso. Mas nem essa noção básica de civilidade existe mais entre os caros alunos. Não vejo relação com a escola ser chata, com o conteúdo da aula ser distanciado da realidade dos alunos, não relaciono isso com pobreza ou falta de oportunidade ou exclusão social. Pra mim, é falta de pensamento lógico básico, porque não tem nada mais básico nessa vida do que entender que quando um fala, o outro escuta. E falta de interesse mesmo em se desenvolver como pessoa e se esforçar por sair da merda...

Eu tento ver as coisas de uma perspectiva humanista e menos conservadora ou neoliberal ou qualquer porra de rótulo que se coloque. Mas não entendo o que um cara de 17, 18 anos pensa quando entra atrasado na sala de leitura, com um pirulito na boca e a mão melada, pronta para sujar o primeiro livro que lhe cair na mão, partindo do pressuposto de que tal ser vai quere folhear um livro, ou seja, de uma visão otimista sem tamanho da minha parte. E o outro que insiste em ouvir a merda de um funk qualquer no celular, numa aula de leitura em que se deve ouvir um CD de poesia - a professora já nem tenta mais fazer com que os alunos leiam em aula, já leva logo um audio pra facilitar, coitada, na tentativa de que aquilo faça com que algumas cabeças se interessem por ler de verdade um livro.

De forma que hoje, especificamente, eu estou convencida de que tem muito pobre que tem mais é de pastar mesmo, ser pobre a vida toda, ser explorado a vida toda, trabalhar muito e ganhar pouco a vida toda, ser um jumento de carga, com o devido pedido de perdão ao jumento, pobrezinho... E eu falo como ex-pobre e atual remediada que sou. Quem dera eu ter estudado numa escola como um CEU, com piscina, mesa de pimbolim, quadra aberta, quadra coberta, teatro, sala de informática, sala de artes e de ciência, sala de leitura e livros, livros e livros, da sala, da biblioteca da escola e da biblioteca pública instalada do lado da escola... e professores interessados em deixar a aula melhor, e não repetir de ano... E uma diretora que chama pai e mãe na escola pra dizer que tem coisa errada com o filho e que é educada e que conversa e dá risada e é amorosa, e com coordenadora pedagógica que elogia alguém que vai bem. Se eu tivesse estudado numa escola assim, teria passado de primeira na Fuvest. Poderia ter uma vida melhor ainda do que a de hoje.

E esses filhos da puta que estão lá não valorizam nada, não respeitam nada, e, pior, ainda vão virar bandidinhos pra me assaltar no fim do dia, ou drogados que vão me foder ou foder quem eu gosto porque querem "10 real" pra comprar crack. E nem pra morrer logo esses putos prestam!Puta que dia de raiva o de hoje, viu? Preciso de um banho de imersão na faculdade pra limpar essa raiva toda, porque isso não é jeito de ver a vida. Não é mesmo. Vou ficar doente antes mesmo de tentar ser professora.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sem família

O episódio do meu irmão dizer que eu estou "afrescalhando" o filho dele foi muito ruim... Não só pela injustiça comigo, que sou o único ser que realmente brinca com o menino como se fosse uma criança - tirando minha mãe, ninguém brinca com o moleque. Quando eu falo que brinco com ele, significa que eu pego um caminhão ou carrinho e fico arrastando pelas paredes e fazendo barulho de acelerar e derrapar. Ou ficamos pelo chão com os carros e caminhões que o bebê tanto gosta. Ou montamos pista de carro pra botar os carrinhos pra fazer o percurso. Ou montamos torres com peças estilo lego. Ou ele sofre acidente e eu sou a ambulância que o leva pro hospital. Ou brincamos de lava-rápido e molhamos todo o quintal, brinquedo que eu dei pra ele. Ou ele fica fugindo de mim na "tonquinha" dele, enquanto eu corro que nem doida pela casa atrás dele. Ou ficamos desenhando caminhões e carros. Ou vendo livrinhos. Ou desenhos do Discovery Kids. Ou vamos dirigir meu carro - ele já senta no meu colo e leva o carro até a porta da casa da minha mãe - e ficar brincando dentro do meu carro. Tudo "brincadeira de homem", na concepção predominante na sociedade, certo?

Quando ele pega batom e fala que vai passar, eu que explico pra ele que é coisa de menina. Quando ele quer passar perfume, eu que pego os desodorantes do avô dele pra explicar que aqueles perfumes são os de meninos. E eu faço isso menos por achar que isso é importante e mais pra não ouvir merda do pai do meu sobrinho. Mas nada é visto, reconhecido. Meu irmão que tinha de fazer tudo isso que eu faço. Mas ele não faz: só dorme e briga com o menino, eventualmente dá uma atenção pra ele, mas nada extraordinário. E eu que sou "má influência" pra sexualidade do garoto.

Ouvir que eu estou contribuindo pro menino "se tornar gay" foi muito ruim... Não só pelo preconceito contra gays, que acho um disparate nos dias de hoje. Não só pelo absurdo de se preocupar com a sexualidade de um bebê de pouco mais de 2 anos, que ainda tem muito o que viver pra definir o que quer ou não quer. Não só pelo ridículo de se pensar que uma pessoa se torna gay por influência de outras pessoas, ou do ambiente ou porque está nos genes, correntes de pensamento comuns para explicar o "desvio de conduta" na visão preconceituosa de muitos por aí... Mas principalmente foi ruim porque, com a revolta do meu irmão em relação à forma com que eu trato o menino, eu vi claramente que não tenho família. É como se ele me dissesse pra ir cuidar da minha vida, e não do filho dele. Que eu não tenho nada de bom a fazer pelo menino. Que eu sou má influência. Que eu quero tomar a educação do menino pra mim e que isso não vai ocorrer porque não é da minha conta, não é filho meu. Resumindo: que aquela não é minha família, é a dele. Fiquei tão deprimida com a história que mal consegui chorar, apesar da enorme vontade de abrir o bocão.

Talvez o negócio seja eu me afastar mesmo de tudo e de todos, porque eu realmente estou de saco cheio das pessoas. Eu realmente detesto o ser humano. Detesto.

Cada um no seu quadrado

O pessoal da minha primeira faculdade está se organizando para comemorar os 15 anos de formatura. Uma das moças me adicionou no MSN para conversar sobre isso. Primeiro, fiz que não tinha me lembrado dela. Porque eu queria que ela entendesse que essa faculdade não teve importância pra mim, tanto que não me lembro dos colegas. Bem, eu não gostei da faculdade, não gostei das pessoas de lá. Era ignorada pela turma, porque fiz amizade com uma menina que era muito, muito, muuuuuuuuuuuuuuuuito arrogante e chata. No final, não tinha mais amizade com essa menina. O problema todo é que eu e ela éramos parecidas fisicamente. E o resto da classe não se interessou em saber se eu era parecida com ela em outras coisas também. Tirando alguns dos meninos com quem conversei um tempo por gostar de F-1 e uma menina religiosa que ficou com pena do meu isolamento e me abrigou no grupo de amigas dela, não tive relacionamento com ninguém daquela sala.

O fato é que não gosto daquela turma. Não tenho contato com mais ninguém. Tirando a moça religiosa, que vez ou outra fala alguma coisa no MSN. Não os culpo também pelo meu isolamento. Acho que mesmo que tivessem me dado uma chance de mostrar que eu não era como a outra garota, não iria mudar nada. Expliquei pra moça que me adicionou no MSN o problema. Não tinha nada a ver com aquele povo na época da faculdade, por que teria agora? O povo casou, teve filho, separou... e eu continuo igual aquela época. Sozinha e rabugenta. Não tenho vontade de saber o que eles fizeram e fazem da vida. Não tenho vontade de contar o que eu fiz e faço da minha. Aliás, parece que eu nunca estive naquela faculdade com aquelas pessoas, tamanho meu distanciamento. Portanto, agradeço o convite e a lembrança, mas vamos continuar assim, como diz a galera hoje, "cada um no seu quadrado".

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tarot específico para uma pessoa

Caracoles!!!!!!!! Tem vez que dá vontade mesmo de acreditar nesses troços:

1 - Tema: 8 de Espadas - Imobilização pelo medo
8 de Espadas
O arcano VIII do naipe de Espadas traduz firmeza, força de vontade, mas também perturbação por influências contrárias.
O 8 de Espadas como arcano central de sua questão afetiva é uma representação do medo, Jan, e o medo não combina com o amor, a despeito de muitas vezes serem sentimentos que andam de mãos dadas. O problema do 8 de Espadas não advém da ignorância, todavia, e sim do excesso de consciência, ou seja, você sabe muito bem o que lhe incomoda, mas teme que estas coisas piorem. Só que, a medida que você dá muita importância a tudo isso, aí é que as coisas podem piorar – e muito! Este medo lhe paralisa e você sente que qualquer atitude pode incorrer em algum problema. O que se pode dizer é que você tem sua parcela de razão, mas que nenhum dilema é de impossível solução. É melhor agir do que se manter em posição de paralisia.
Você e Fulano precisarão, juntos, enfrentar quais as questões que tanto lhes amedrontam e acima de tudo necessitarão assumir a parcela de responsabilidade que cabe a cada um nos problemas que os incomodam. Sem este “assumir a parcela” de forma consciente e ao mesmo tempo generosa para com as falhas alheias, a relação degringola em algo desprazeroso. Atenção, portanto!

2 - Aspectos Favoráveis: 9 de Ouros - Aumentando a consciência do próprio valor
O arcano IX do naipe de Ouros representa principalmente ganho. Solidificação e materialização das perspectivas.

3 - Aspectos Negativos: A Roda da Fortuna - Risco de perda de oportunidades
O arcano X do Tarot representa reencontro e reestruturação: mudar, repensar, recriar uma relação.

4 - Conselho: 3 de Ouros - Curtindo os bons resultados
O arcano III do naipe de Ouros revela produtividade, retorno da energia investida.

5 - Resultado Final: 9 de Paus - Fadiga necessária
O arcano IX do naipe de Paus traz à tona a idéia de esforço necessário a fim de superar obstáculos temporários.

6 - Quais lições preciso aprender para me relacionar melhor?4 de Paus - Resolver os problemas e atrair as pessoas
O arcano IV do naipe de Paus sugere a agregação das diferenças, com a finalidade de alcançar um objetivo em comum.

7 - O que ele/ela sente por mim? - 10 de Copas - Satisfação pela felicidade
No décimo arcano do naipe de Copas, os 10 cálices revelam: harmonia emocional, realização profunda e princípio de estabilidade.

Numerologia

Completa em: http://www.personare.com.br/analise/2040D699DBF82C57CC8DFF756ED4043E&I

O que diz o tarot para os próximos seis meses

E esse aqui é meu tarot semestral!

SEIS DE PAUS
O arcano VI do naipe de Paus traduz sucesso, plenitude, autoconfiança e uma energia receptiva capaz de revelar o equilíbrio interior.
Síntese:
A força que marca estes próximos seis meses é a do Fogo, Jan, claramente demonstrada pela simbologia do naipe de paus. O seu momento é purificador, regenerador. O transbordar de uma poderosa intuição permitirá compreender quais os caminhos que devem ser trilhados e você desafiará sua própria alma ao trilhar tais roteiros. A emergência de uma carta do naipe de paus revela que algo no mais profundo da sua alma está transbordando, a fim de que você trave contato com os aspectos mais íntimos do seu ser, Jan. Estes próximos meses serão marcados por desafios poderosos que você fará para si e também por percepções mais amplas da realidade ao seu redor. O momento é de tomar iniciativas que permitirão mudar o contexto das coisas que você não aprecia em sua vida.
Cenário: Uma cena de triunfo, em que um personagem central é aplaudido.
O 6 de Paus emerge como significante central de seu jogo no Tarot Semestral, Jan, sugerindo que você se esforçou, se empenhou e provavelmente atingirá uma meta especial nestes próximos meses. Algum tipo de prêmio ou manifestação de reconhecimento se dará e você terminará tendo que assumir um papel de liderança, ainda que tal coisa possa ser temporária. Haverá razões para a alegria, só não pense que as glórias são eternas, pois tudo passa.
Síntese do Semestre: Estes próximos meses serão marcados por uma conquista pessoal muito importante, Jan. Após um período passado de muito esforço e exaustão, finalmente você poderá colher os louros do triunfo. Você poderá esperar por reconhecimento e aclamação pelos seus esforços. Aproveite para comemorar, estando mais perto dos seus amigos e das pessoas amadas nestes próximos meses.

Primeira casa - O EREMITA (identidade)
Neste arcano IX do Tarot, predomina o significado de recolhimento interior, manter a concentração no que é essencial.

Segunda casa - O JULGAMENTO (dinheiro e finanças)
A figura deste arcano XX do Tarot representa a transição, a transformação constante da vida.

Terceira casa - O DIABO (relações sociais e intelecto)
O arcano XV do Tarot revela uma natureza instintiva e impulsiva. Um período propenso a paixões profundas.

Quarta casa - O LOUCO (família e mundo interior)
O arcano zero do Tarot indica situações extremas: uma renovação ou uma completa desestabilização.

Quinta casa - A JUSTIÇA (diversão e prazer)
O arcano VIII do Tarot revela um período de equilíbrio interior, concentração e autocontrole.

Sexta casa - A ESTRELA (saúde e cotidiano)
Neste arcano XVII do Tarot, prevalece purificação, fertilidade e simplicidade. Simboliza iluminação em meio às trevas.

Sétima casa - A FORÇA (vida afetiva)
Neste arcano XI do Tarot, as conquistas no amor vêm através da determinação e do poder de sedução.

Oitava casa - O IMPERADOR (desafios pessoais)
O arcano IV do Tarot mostra uma figura da majestade, que significa força, autoridade e poder.

Nona casa - O SOL (evolução pessoal)
Neste arcano XIX do Tarot, entusiasmo é a palavra-chave. Representa a harmonia entre a consciência e a existência.

Décima casa - OS ENAMORADOS (carreira)
O arcano VI do Tarot traz o encontro com a dúvida, união de opostos e a intensificação do amor.

Décima primeira casa - A RODA DA FORTUNA (amizade e futuro próximo)
O arcano X do Tarot representa reencontro e reestruturação: mudar, repensar, recriar uma relação.

Décima segunda casa - O PAPA (conselhos finais)
O arcano V do Tarot traz o significado de sabedoria, cura, confiança e harmonia.

Jogando tarot

Joguei o tarot no site Personare.com.br. E o que deu:

Primeira carta: 10 de Copas
No décimo arcano do naipe de Copas, os 10 cálices revelam: harmonia emocional, realização profunda e princípio de estabilidade.
Satisfação:
Este primeiro arcano representa a síntese de seu momento afetivo. Uma carta que serve como prévia dos principais aspectos que cercam a questão. Descubra nesta posição o potencial básico do que perguntou.
O 10 de Copas é um dos melhores arcanos do Tarot quando a questão envolvida é amor, Jan. É uma imagem que vem sugerir felicidade por conta de um enlace positivo, de um relacionamento coroado de êxito. Tudo isso não ocorre “de graça”, contudo. Trata-se da decorrência natural da maturidade e de uma base sólida, ou seja, do amor recíproco e da percepção da importância do respeito à individualidade de cada um. O 10 de Copas é realmente um arcano muito bonito, que promete a experimentação da felicidade através da presença de um outro ser. Cuidado, entretanto, para não estender o amor por alguém a um ponto tão limite que o casal se torna um casal de irmãos. É importante compreender que a satisfação, apesar de ser algo bom, pode ser também algo perigoso. Quando nos sentimos saciados, satisfeitos, paramos de buscar, paramos de nos esforçar e caímos no risco da preguiça e da inércia.

Segunda carta - Ás de espada
Neste arcano a coroa e a espada representam sabedoria e força intelectual que penetra e compreende tudo.
Discordâncias benéficas:
O segundo arcano expõe os fatores, pessoas ou situações que estão a seu favor. Saiba aqui o que existe de mais favorável e positivo na sua questão afetiva.

Terceira carta - A Lua
O arcano XVIII do Tarot representa uma maior confusão na vida de uma pessoa.
O perigo das ilusões e dos enganos:
O terceiro arcano revela os desafios e aspectos negativos que podem interferir em sua questão. Atenção à dica: a mensagem desta carta serve como um alerta.

4ª Carta - O Homem Pendurado
O arcano XII do Tarot reflete o sacrifício como demonstração de amor. A sensação de anulação e fraqueza também pode estar presente.
Descobrindo a importância dos sacrifícios:
Este arcano traz o conselho do Tarot Personare para sua questão. Ouça a recomendação da carta na quarta posição, pois ela mostrará a melhor atitude a seguir no momento.

5ª Carta - 4 de Espadas
O arcano IV do naipe de Espadas significa pausa necessária, trégua, para que conflitos possam ser solucionados.
Paz e compreensão do tempo certo para tudo:
O quinto arcano traz a resposta e é o mais importante do jogo. Esta é a sentença que aponta os caminhos futuros da questão. Lembre-se: para sua total compreensão você deve considerar as interpretações dos arcanos anteriores.

6ª Carta - Princesa de Paus
O significado da imagem deste arcano em palavras pode ser representado por: força vital efervescente, confiança intensa e energias selvagens.
Reconhecer o próprio poder de conquista:
A posição de número 6 do serviço de Tarot e amor lhe orienta acerca das lições mais importantes que você precisa aprender para melhorar a sua vida afetiva neste momento. Todos nós costumamos cometer alguns erros que atrapalham o nosso sucesso amoroso, e a sexta carta revela o que precisa ser modificado.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Diálogos de titi e sobrinho 2

Fui oficialmente chamada de criança esse final de semana. Bebê abre a porta da estante e diz:
Ele - "Ivo vovoi"... (Tradução: livros do vovô).
Eu - "Ah, não é livro, é DVD do vovô."
Ele (falando agora em tom bravo) - "Fechá, num poide mexê ocê!" (Tradução: vou fechar, você não pode mexer!)
Eu - "A titi não pode mexer nos DVDs do vovô???"
Ele - "Não poide!" (Tradução: Não pode!)
Eu - "E por que titi não pode mexer?"
Ele - "Ocê ininha!" (Tradução: você é menininha.)
Eu - "Eu sou menininha????"
Ele - "É!" (dando risada.)
Eu - "Então eu sou menininha e menininha não pode mexer nos DVDs, só meninona?"
Ele - "É! Ixo! Não poide mexê ininha!" (Tradução. É isso. Menininha não pode mexer!)
E fecha a porta da estante...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Era sua sogra???

Afe! Que fim de semana medonho. A namorada do Ricardo deu as caras novamente. Meu irmão me deu a notícia ruim: conversou com ele e o moço disse que vai se casar. Ano que vem. Meu irmão disse que tem uma história de apartamento e decoração também, o que significa que o papo do casório é sério. Mas, puta que pariu, meu irmão nunca explica as coisas direito, com sujeito, verbo e predicado. O domingo foi medonho como a noiva do PM. Meu, que foi aquilo? Será que a mulher que eu vi manobrando o carro da noiva era a noiva mesmo, em pessoa? Me parecia mais ser a sogra dele. Parecia uma lavadeira - nada contra as lavadeiras, mas eu quero o moço pra mim, então me perdoem o preconceito. Uma calça jeans que mostra um corpo sem cintura, sem bunda, um tênis masculino no pé e uma blusa de manga hiper sem-graça. Um cabelo mal cuidado, loiro falso, e um rosto de mulher muito mais velha. Não pode ser, não pode ser. Eu não sou bonita, não me acho bonita, mas, pelo amor da santa bicicletinha, aquela mulher não pode ser a noiva dele. Ele é muita areia pra'quele caminhão todo. Nem em cinco viagens ela carrega aquilo tudo. Não, foi novamente uma alucinação minha, como tudo que se refere ao Ricardo até agora. Ela é bonita como ele e ele não vai deixar de me dar bola pra continuar com aquela, aquela, aquela... coisa esquisita. Aquela lá é a sogra, ou a irmã mais velha ou uma prima... Eu vou cometer harakiri se for a noiva!!! Eu, atravessando a rua, olhando pra ele com cara de raiva, exibindo meu cabelão escovado, minha blusa de alcinha com um top de oncinha por baixo, minha calça justa e meu sapatinho social de boneca, minha magreza... E ele, olhando pra mim disfarçadamente, claro, pra não desrespeitar a mulher, mas "checando o material" como quem olha a paisagem. E eu olhando pra ele com aquela cara de "eu não acredito nisso não senhor! Olha aqui (eu) e olha ali (a noiva), menino! Tem dó né?" Acho que, se aquilo ali não era mesmo a sogra dele, era a noiva, então a cara que ele fez pode ser entendida como um "putz, 'que que' eu tô fazendo?!" quando ele me viu. Preciso ver alguma aliança naquela mão. Ou meu irmão precisa procurar uma. Farei a encomenda. Bem, com aliança ou sem, nada fará diferença a essa altura do campeonato. Caso perdido, praticamente. Ai que reeeeeeeeeeeeiva!!!! Será que retorno ao F.???

sexta-feira, 20 de março de 2009

Diálogos de titi e sobrinho

Eu e meu sobrinho, de dois anos e meio, batemos altos papos. Ele adora falar e eu também. Encho o menino de pergunta. Eu adoro o moleque, é minha paixão e não sei viver sem ele. Todo fim de semana eu vou na casa da avó dele (a minha mãe), que é onde ele mora, para ficar com ele um pouquinho... Esse foi um rápido diálogo, travado no domingo último, quando eu abri meu carro para ele brincar lá dentro, mas resolvi ir na lan-house checar e-mails e levei o pimpolho comigo:

Eu - Vamos dar uma voltinha, bebê?
Sobrinho - Não, um voltão!!! (abrindo os braços pra mostrar o tamanho da volta...)

rsrsrsrsrs Esse japinha (minha cunhada é japonesa) é uma figura, viu!!!

Paspalhões

Nesse começo de 2009 meus pensamentos iam para o F. Mas, subitamente, com a chegada da notícia do namoro dele com a C., me desinteressei por completo. Já a minha outra obsessão, o PM, tinha ficado adormecida por um tempo bom em 2008. Só que nas festas de final de ano eu tive recaída porque eu o vi, conversando com meu irmão. Deixei passar a oportunidade de falar com ele, porque eu travo. Não adianta, eu não consigo falar com ele. Nem um "oi, tudo bem?" sai. Tem alguma coisa no olhar ou na postura corporal dele que me desestimula por completo a dirigir-lhe a palavra. É algo não-verbal que ele faz e eu não consigo identificar o que seria, porque tem esse problema de ser não-verbal.


As coisas ficaram piores nos últimos dias porque o troca-troca de olhares aumentou em projeção geométrica. Eu continuo viajando na maionese, vendo coisas que podem não ser nada. Ou ser tudo... rsrsrs O domingo passado, em especial, foi intrigante. Eu estava há muitos dias sem vê-lo e domingo foi um dia muito estranho.

Primeiro, na hora de sair para levar meu primo embora. Eu abri o portão da mamys e o Ricardo estava abrindo o portão dele. Saímos quase que juntos, ele da casa dele, eu da casa da minha mãe. Toca os dois paspalhões ficarem olhando um pra cara do outro e depois disfarçar. Eu fui pro meu carro, olhando para ele. Ele virou pra fechar o portão. E fica aquilo, ele olha para mim e para o que está fazendo, eu olho para ele e para o que estou fazendo. Bem, no meio da coisa toda, o meu sobrinho correndo porque queria ir junto comigo. Entrou rápido no carro, mas ele não estava de fralda e precisava ir ao banheiro. Minha cunhada o pegou e eu fiquei lá falando alto para ele ir tranquilo ao banheiro que eu ia ficar esperando. Assim, ele não ia chorar por ter sido retirado do carro.

Enquanto estou esperando o bebê voltar do banheiro, Ricardo fecha o portão de casa e arruma para sair com a moto, não sem antes parecer ter quase aberto um sorriso quando viu meu sobrinho sair do carro enquanto a tia aqui prometia que ia esperá-lo voltar. O quase-sorriso pode ser pura impressão minha, que fique claro. Ele, então, passa de moto, com capacete, e não olha diretamente para mim ao passar do meu lado - ele nunca olha. Mas eu tenho quase certeza de que ele olha de canto de olho pra ver se eu tô pagando pau para ele. Bem, Ricardo, eu tô olhando, tá? Sempre tô! Fazer o quê, é mais forte do que eu.

Meus pais ficaram conversando com meu primo e então eu saí pra levar meu primo embora uns 10 ou 15 minutos depois do PM ter saído. Fui acompanhada do meu sobrinho e minha cunhada. Cheguei na avenida perto da casa da mamys, entrei e quando estou chegando na primeira lombada, uma moto, muito das silenciosas, emparelha com meu carro, pelo lado esquerdo, e passa, devagar e um pouco perto demais do meu carro, na minha opinião - o que pode ter sido apenas impressão minha. Quem era? Ele! Eu reconheci o capacete e a moto, minha cunhada a linda blusa de moleton azul que ele vestia. O moço tem bom-gosto pra blusas, viu? Ele passou devagar e seguiu devagar, até sumir da minha vista. E eu pensando, enquanto ele sumia: "droga, agora vou demorar para vê-lo de novo, saco, meleca!"

Levei meu primo para a casa da minha madrinha, que é avó dele. Lá, a gente ficou um pouco: meu sobrinho queria brincar com o Leonardo di Caprio - o famoso pintcher que a didinha tem. E comemos bolo de cenoura. Voltamos para a mamys. Encostei o carro do outro lado da rua, minha cunhada desceu com o bebê, e atravessamos a rua. Abri o portão social, ela e o bebê entraram primeiro. Quando eu estou entrando na garagem, de costas, portanto, para a rua, só ouço uma acelerada muito forte de moto atrás de mim. Quem era? Ele! De novo! Saímos e chegamos no mesmo horário e ainda nos encontramos no meio do caminho. Sinistro isso.

Bem, ao ouvir a estranha acelerada, eu obviamente olhei para trás e vi que era ele. Entrei e fechei o portão. Ia pra dentro da casa da mamys, claro... Tá, confesso, confesso! Eu fiquei na garagem da minha mãe olhando-o guardar a moto e fechar o portão. rsrsrsrs Eu até mexi no meu celular, pra disfarçar um pouco, mas quer saber? Pensei: dane-se! Ao invés de entrar, o que seria normal, eu encostei na parede, junto ao portão, e fiquei descaradamente olhando pra ele enquanto ele estava fechando o portão. Fiquei olhando até ele fechar e eu não ver mais nada. Fui tãaaaaaaaaaao cara-de-pau que nem sei como é que vou conseguir olhar pra ele de novo depois dessa.

Eu até agora tô tentando entender porque aquela acelerada tão alta, afinal, ele ia apenas guardar a moto na garagem. A minha imodéstia diz que ele quis chamar minha atenção. Não tinha motivo nenhum para ele dar aquele esticão no acelerador da moto, ele só ia fazer uma curvinha duas casas pra baixo para parar na porta de casa e abrir a garagem. O que faria até em ponto-morto, se quisesse. Ai, como eu queria que isso fosse verdade, que ele acelerou pra me dizer que tinha chegado e eu ficar lá, alimentando o ego dele com a minha babação! rsrsrsrs


E teve o outro episódio engraçado, na semana anterior. Eu estava no meu carro, estacionado em cima da calçada da mamys, com meu sobrinho. Ele adora brincar dentro de carros. De repente, abriram o portão da casa do Ricardo. Saiu uma roda e eu já vi que era a moto dele. Eba! Parei as rotativas nessa hora, claro. Debrucei-me no volante e fiquei lá, babaaaaaaaaaaaaaaanddo. Meu irmão tinha acabado de sair da casa da mamãe e estava na calçada, fumando.

Bem, o que se passou a partir de então foi muito sinistro também. E como eu gosto de dizer, pode ter acontecido ou eu posso ter imaginado. Louca, louca, claro. A cena toda se deu com o moço virado de frente para mim. E ele estava olhando para mim para ver se eu estava olhando, ou seja, alternava olhar pra mim com olhar para o que estava fazendo.

O Ricardo tirou a moto. Estacionou na calçada. Desceu da moto. Ficou olhando o painel da moto. Mexeu em algo do painel. Ameaçou ir para a garagem. Voltou e olhou a moto de novo. Foi na garagem. Fechou o portão. Voltou para a moto. Ficou batendo nos bolsos. Parecia que tinha esquecido algo. Fez menção de voltar para a garagem. Desistiu de voltar. Bateu nos bolsos novamente. Resolveu pegar o capacete. Colocou o capacete. Bateu novamente nos bolsos. Cumprimentou um outro motociclista que passou chispando na rua. Subiu na moto. Saiu. Passou e cumprimentou meu irmão com um gesto de cabeça e sem sorrir, como se estivesse cumprimentando outro policial. Eu fiquei dentro do carro, só apreciando. Sumiu. Não vi mais.

Eu meio que achei que ele tava querendo fazer cera ali para eu poder apreciá-lo. E eu apreciei. Muito. Cada segundo. Obrigada, Ricardo! Mas até aí, Inês está morta, né? Eu achar e ser real são coisas muuuuuuuuuuito diferentes. Mais tarde, eu de zueira falei pro meu irmão, já dentro de casa:

Eu - "O PM tava se exibindo pra mim aquela hora, não tava não?"

Maninho - "Não vi nada demais." Disse isso com uma cara bem séria e do tipo: "se enxerga mulher!"

Eu - "Hum, saco!"

Maninho - "Ele vai casar ano que vem."

Eu - "Ai, jura que vai casar?"

Maninho - "Bem, eu, pelo menos, vou fazer tudo pra ele casar."

Comecei a rir.

Eu - "Ah, agora eu tenho certeza de que ele estava mesmo se exibindo pra mim e que você pensou a mesma coisa. Se ele não tivesse, você não me daria uma resposta tão besta como essa, mano!"

Maninho - silêncio constrangido de irmão bobo e ciumento...

E, o mais importante, meu irmão mão me desmentiu a respeito da minha impressão sobre o Ricardo ter fingido que estava procurando algo só pra ficar ali, se mostrando pra babona aqui.

Ai, ai... quando eu vou crescer e parar de me empolgar com coisas tão idiotas, hein?


Mentir é muito bom. E esse é o problema...

Eu detesto mentira. Detesto mentir para os outros. Detesto que mintam para mim. Detesto mesmo. Não chegarei ao ponto de dizer que nunca minto ou que nunca menti. Estaria mentindo. Descaradamente! Mas eu evito ao máximo mentir ou omitir coisas. Porque é feio. E porque, muitas vezes, é gostoso mentir e isso é um perigo.

Tem mentira que a gente conta e fica nos torturando pelo resto da vida. Tem mentira que se conta pela pura diversão de mentir. Dessas eu não gosto mesmo, é coisa que se usa para fazer as pessoas de idiota pelo simples prazer de dizer que você consegue fazer alguém de idiota. E tem mentira que a gente conta para evitar que pessoas fiquem magoadas. Porque é mais fácil mentir do que tentar evitar fazer algo que vá magoar alguém, né? Ou é mais fácil mentir porque a verdade vai provocar problemas muito maiores.

Enfim, qualquer que seja a desculpa para se usar da mentira, eu não gosto muito do artifício. Não apenas porque mentir é feio ou errado ou moralmente inaceitável. Mas porque mentir, para mim, significa fantasiar. E eu adoro viver no mundo da fantasia. Não que minha vida seja ruim, pelo contrário, não poderia ser melhor. Mas mentir é bom demais porque pode me fazer ir para outro mundo, viver um faz-de-conta, ser uma outra pessoa. E é isso exatamente o que está acontecendo agora. Tive de inventar para um amigo que estou "enrolada" com um cara para que esse amigo parasse de me assediar. A namorada dele é uma fofa e se transformou em uma boa "amiga de balada", e ele definitivamente não faz meu tipo. Sim, ele é safado, sempre foi. Portanto, eu brigar com ele porque está forçando pro meu lado não daria resultado. E eu não conseguiria fazê-lo ser menos safado. O que ia acontecer se eu tivesse uma conversa franca e verdadeira com ele? A gente ia brigar. Pra que eu vou brigar? Achei melhor mentir.

No começo, fiquei desconfortável por estar contando a mentira. Primeiro, tive de pensar em uma história que fosse muito plausível e que fosse simples para eu não cair em contradição, conforme receita de mamãe. Ela sempre diz: se for mentir, não inventa muito, porque é pior, logo descobre-se a verdade.

Dessa forma, eu não poderia criar um pretendente/rolo falso, pois poderia me contradizer. Tipo: um dia falo que ele é moreno de olhos verdes, e depois elogio os olhos castanhos do digníssimo. Não podia correr esse risco. Então, tive de selecionar alguém que fosse real e pudesse ser meu potencial namorado de mentira. Esse alguém não podia ser uma pessoa que meu amigo ou algum amigo de amigo dele conheça, para não ter a chance de ele descobrir. Tinha de ser uma pessoa nada a ver com os lugares em que vamos e com os amigos que temos. Resultado? Eu disse que estou "meio que" namorando um policial de olhos verdes, conhecido de infância que mora na rua da minha mãe. Qualquer semelhança com o PM não é mera coincidência. Pois é, estou quase namorando o PM, senhoras e senhores...

Bem, além do ridículo de ter de criar história de namorado falso, como a gente faz na aborrecência, consegui ser mais ridícula ainda criando uma história em cima do meu atual "sonho de consumo", sonho esse que já dura um ano, pois eu sou dada a essas obsessões de duram anos e anos e terminam em nada. Mas o pior de tudo é que eu estou adorando a mentira. É como se eu estivesse vendo uma novela. Adoro imaginar que estou "enrolada" com o PM. Fico imaginando cenas mil, conversas, ele na minha casa, a gente andando de moto, no cinema, ele sendo apresentado pra minhas tias e primas e todas essas babaquices que envolvem os namoros e que todo mundo adora, pelo menos no início, quando tudo é borboleta e coração. Adoro quando meu amigo fala que vai me beijar e eu digo que essa boca aqui, e todo o resto, é de uso exclusivo da força militar... rsrsrs Ou que eu só quero beijar uma única boca nesse mundo hoje, a do meu PM. E ainda chamo o PM de "meu" e uso apelido para me referir a ele, porque agora tenho de fingir estar apaixonada. Estou adorando fingir estar apaixonada. Me divertindo a valer. Praticamente estou apaixonada!

Eu me conheço. Eu não gosto de mentir porque eu sei que, se o fizer, vou gostar da brincadeira. Eu não bebia até os 30 anos, porque sabia que quando começasse a beber, eu ia gostar. Tinha um medo danado de virar alcoólatra. Não que eu tenha virado, mas tenho de controlar para não entornar. E vez ou outra, quando estou muito triste, eu vou pra casa e bebo sozinha até apagar no sofá, uma coisa bem Heleninha Roittman mesmo, totalmente deprimente. Que meus pais nunca saibam disso, morreriam de desgosto.

Do mesmo modo, nunca experimentei maconha ou outras drogas. Nem vou experimentar. Eu sou fraca da cabeça e eu gosto de qualquer coisa que me tire da realidade. Com certeza, viraria uma dependente química das boas. Não, não vou me destruir assim. Não por mim. Mas pela minha família. Eles não suportariam lidar com a situação, seria uma enorme sofrimento para eles e eles não merecem.

O fato é que agora "estou perdidamente apaixonada" e "estou saindo" com um lindo policial de olhos verdes e marrudo, esquentadinho e discretíssimo. Estou me divertindo horrores com a fantasia. E menti tãaaaoo bem, mas tão bem, que cheguei ao ponto de realmente estar acreditando que estou praticamente namorando o moço! É mole? Até ficar sorrindo por nada, olhando para o céu com cara de boba eu fico. Realmente eu acho que deveria me internar... Caso perdido.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Será que...

(Foto da Agência Senado)

... o senador Fernando Collor está pintando o cabelo de branco para ver se a gente esquece que ele foi o primeiro presidente democraticamente eleito no País desde 1964 e que foi "impichado" porque comprou um Fiat Elba e construiu uma fontezinha na Casa da Dinda?
Aliás, que branco mais amarelado é esse? Parece cor de foto velha... Bem, quem dera fosse foto velha. Mas só no Brasil um presidente é retirado do cargo e volta para a vida política como senador. Posando de bom moço, ainda, colocando umas regrinhas básicas para que o Senado aceite algum nome para as tais agências reguladoras do País, que funcionam tão bem para o setor privado e tão mal para o consumidor, né não?


sexta-feira, 6 de março de 2009

Religião

Religião não se discute. Eu, pelo menos, não discuto. Cada um segue a sua, e só não tente fazer com que eu mude a minha, católica. Não vou todo santo domingo em igreja, mas vou com constância. Não confesso, porque eu não me arrependo de certos pecados, como ter ira de certas pessoas, e não sei perdoar quem me ofendeu. Seria hipócrita eu comungar se não superei esses erros. Mesmo que me perdoe, eu continuarei pecando.

Mas eu realmente não entendi uma coisa na tal excomunhão dos médicos e da mãe da menininha de 9 anos que foi estuprada pelo padastro em Pernambuco. Quer dizer, entendi o fundamentalismo do d. José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife. O camarada vive na idade da pedra, sei lá. Não concordei com nada do que ele falou a respeito do caso, porque a menininha tem 9 anos, e coitada, além do estupro e da gravidez, ainda eram gêmeos. Imagine um corpo de 9 anos abrigando dois bebês. Um já não é possível, porque Deus, como diz a religião, criou a ordem natural das coisas e nosso corpo é assim, preparado aos poucos para ser mãe. E não, Deus não criou um corpo preparado para ser mãe aos 9 anos.

Mas tudo bem, entendo que o arcebispo ache a vida da menininha menos válida do que a de dois bebês que praticamente não tinham futuro naquele corpinho de criança da menininha. Entendo que exista pessoas assim na minha religião, ignorantes, atrasadas e apegadas à escrita literal. Entendo perfeitamente, estou falando de uma religião que promoveu séculos e séculos de escuridão no mundo na Idade Média, com Inquisição e Cruzadas e o cacete a quatro.

O que eu não entendi até agora foi porque o tal arcebispo excomungou os médicos e a mãe da menininha e não excomungou o criminoso, monstro, abominável padrasto da garota, que por mim deveria morrer devagarinho, queimando em pneus naquele famoso esquema do tráfico de montar microondas, que a gente vê no filme Tropa de Elite. Claro, primeiro ele devia ser bastante sufocado em um saco plástico, como também mostra o filme. E ele devia ser sufocado enquanto algum tarado tão doente quanto ele o estupra... Depois, manda pro microondas! (Deu pra entender por que não posso comungar agora?)

O arcebispo diz que, pelo Direito Canônico, não é passível de excomunhão um estuprador. Bem, é porque essa porra de direito foi feita por homem. Porque só homem vai defender que uma menina de 9 anos dê a luz a gêmeos, depois de ser estuprada... Enfim, tem hora que realmente dá vontade de virar ateu, porque não é possível entender uma coisa dessa.

Por que eu implico?

Veja porque eu tenho birra do senhor Barrichello. O homi disputou 267 GPs e só ganhou nove... isso... nove....um mixuruca de um nove... novezinho... Ele percorreu 65.056 quilômetros desde que está na F-1 e só liderou 3.517 deles. Ou seja, 62 mil ele andou em qualquer posição que não fosse o primeiro lugar. Dos 267 GPs, ele subiu ao pódio apenas 62 vezes. De tudo isso, ele só conseguiu dois vices.

O Reginaldo Leme, que falou dessas estatísticas, termina a coluna dele com elogioso dado de que o Rubinho é o sétimo (grande merda ser sétimo!!!!!!!!!!!!!!) piloto a ter mais pontos na F-1, com um ponto atrás de Kimi Haikkonen e cinco atrás de Damon Hill, que não corre mais. O Hill correu o quê? Quatro temporadas, três? E tem mais ponto do que o Rubinho, que tem 17 temporadas na costas!!!

Já a menção ao Kimi, então, é uma vergonha, senhor Reginaldo! O Kimi tem o quê, três, quatro temporadas de F-1? E o Kimi, senhor Reginaldo, já é campeão do mundo, sabe? Lembra quando você e todo mundo que não enxerga achou que o Massa ia botar o Kimi no chinelo? E ele ganhou o título que era pra ser do Hamilton? Na equipe Ferrari, a mesma na qual andou o Barrichello? Do lado do Massa, queridinho da equipe... Igual o Schumacher era quando o Barrichello correu por lá. Então, senhor Reginaldo, isso o senhor não contou na sua coluna.

E a única coisa espetacular que Barrichello realmente fez e que todo mundo se lembra foi a prova de Donington Park, 1993, em que ele largou muito bem e ganhou toneladas de posições. Mas ficou ofuscado pela primeira volta mais espetacular da F-1 que o Ayrton deu aquele dia, na qual ele passou de quinto pra primeiro lugar em apenas uma voltinha, ultrapassando Schumacher, Wendingler, Hill e Prost embaixo de uma puta chuva, logo na primeira volta, coisa que eu vejo até hoje e fico de boca aberta, como se eu nunca tivesse visto a corrida na vida.

Depois disso, o povo só lembra do Rubinho por ter se estourado em Ímola e como escudeiro do Schumacher. Ele foi contratado pela Ferrari pra ganhar o campeonato de construtores e era bem pago para isso. Totalmente mercenário. Bem, ele saiu da Ferrari dizendo que ia escrever um livro pra contar os absurdos (aos quais ele se submeteu porque era bem pago pra tanto). Não escreveu, o covarde. Ele disse que não tinha bronca do Schumacher, mas puxou coro de "Schumacher viado" na festa do Felipe Massa. Ele disse que o Ross Brawn era o cara que o fazia correr pro Schumacher. E agora está na escuderia do Brawn. Me diga, dá mesmo para admirar um cara desses? Não, não dá, não dá e não dá. E eu ainda terei de aguentar esse sujeito mais um ano na F-1! Que meeeeeeeeeeeeeeeerda!

terça-feira, 3 de março de 2009

Ah, esses cientistas...

Então, né... os cientistas descobriram um fantástico uso para o enxofre... Sabe aquele gás do ovo podre??? Pois é. Parece que é um Viagra. Imagine seu namorado/marido/peguete usando enxofre pra dar conta do serviço:

"Estudado como possível tratamento para disfunção erétil, o gás sulfídrico (H2S) se mostrou agora capaz de promover ereção em testes com ratos e tecidos humanos em laboratório. Conhecida por seu cheiro de ovo podre, a substância também tem papel na regulação de músculos que controlam a circulação sanguínea no pênis.".

Olha só que legal, o negócio tem dois efeitos positivos. O primeiro, claro, fazer funcionar algo que não está operante... O segundo é que o enxofre é poluente. Além do cheiro medonho, é um dos gases promotores do efeito estufa. Não, não é só carbono que esquenta a Terra. Enxofre, metano, vapor de água são alguns dos nossos cobertores. Não é fantástica a idéia de sequestramos enxofre, enfiando o tal gás nos pobres homens que não conseguem fazer aquilo funcionar? Eles podem até pedir dinheiro pro governo, porque estão ajudando no sequestro de gás estufa e colaborando com as metas de redução de emissões desses gases. Fantástico! Palmas pros cientistas!