No telefone na quarta-feira, eu no maior papo com sobrinho...
Um barulho acontece perto de onde ele está, na casa da avó, a minha mãe.
Sobrinho - "Você ouviu isso?"
Eu - "Ouvi sim."
Sobrinho - "Que isso?"
Eu - "Não sei, não posso ver, o barulho foi aí perto da casa da vovó. Fala pro moço parar de fazer barulho."
Sobrinho (totalmente irado) - "Moço, para de faizê bauiuo. Tô conversando com a titia!"
PS - Não sei de onde veio a associação dele de pedir silêncio porque ele estava conversando comigo, porque eu não falei nada disso pra ele, ele que associou barulho com atrapalhar a nossa conversa. Mas achei uma coisa super-hiper adulta da parte dele. Que só tem 2 anos e 7 meses nesse momento.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Sobre as carnes
Bem, primeiro veio a tal da vaca louca, que deixou todo mundo com medo de comer carne bovina. Depois veio a tal da gripe aviária, e todo mundo ficou com medo de comer carne de frango. Agora vem a gripe suína, e tá todo mundo com medo de comer carne de porco. Isso só pode ser coisa de movimentos sociais vegetarianos, só pode!!! Anotem aí, a próxima gripe vai envolver peixes! Como será que se chamará a febre provocada por carne de peixe???
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Absolutamente irritante
A F-1 está sendo exatamente o que eu previa. Quem marcou o primeiro ponto para a perdida Ferrari? Kimi. O Lorão. É! Ontem, eu falando com meu pai sobre isso e dizendo que a gente tem de assumir que só temos pilotos ruins na F-1 hoje, e ele, torcedor do Felipe. "É, mas o Massa, ano passado, estava disputando o título". E eu: "bem, se quer falar disso, então ano retrasado o Kimi, na mesma Ferrari de Massa, foi campeão. Todo mundo apostou no Massa. Porque o Massa correu com o "grande" Schumacher... Porque o Massa é mais enturmado com a equipe, conhece mecânicos, engenheiros... Porque o Massa é apadrinhado do Jean Todt... E tudo estava a favor do Massa na F-1 e na Ferrari em 2007. Quem ganhou o título?" Perguntei pro meu pai. "Pois é, foi o Kimi. O Massa sequer foi vice-campeão". "Ah, mas a Ferrari jogou a favor do Kimi", rebateu meu pai. "É, exatamente como fez com o Massa em 2008. Só que o Massa foi vice e o Kimi foi campeão", disse eu. "Ah, mas a Ferrari demorou pra tomar a decisão de jogar pelo Massa em 2008", respondeu ele. "Claro, o Massa só conseguiu estar mais a frente do Kimi mais pro final da temporada". Meu pai encerrou com um "é tudo um jeito de querer ver as coisas." Algo típico de quem não tem argumento e perde um debate.
E assim os fãs prosseguem na F-1, vendo teorias conspiratórias que prejudicam Rubens e Felipes da vida, ao invés de enxergar a realidade: nossos pilotos são meios de grid, são ruins demais da conta. Não são Alonsos, Vettels ou Hamiltons. São pilotos que fazem número no grid, e só. Marcam pontinhos. Podem em um ano ou outro disputar o título. Mas sempre vão falhar e culpar o tráfego, o carro, a equipe, o companheiro de equipe, o diretor da equipe, a areia do deserto, a chuva européia... Nunca eles cometem erros, nunca falta a eles energia, garra, disciplina para chegar em primeiro. A culpa é sempre dos outros. E os torcedores caem nessa.
Vejamos: Piquet, na Williams, equipe inglesa. Do lado dele, Nigel Mansell, tão inglês quanto a equipe. Descaradamente a Williams tinha preferência pelo Mansell. Mas o Piquet foi o campeão e levou o título. Ayrton Senna chega na McLaren, onde estava há 200 mil anos o francês e melhor piloto da categoria na época, Alan Prost. Pergunta se o Ayrton deu alguma chance para a McLaren um dia olhar pra ele e pensar que era melhor jogar as fichas no Prost? Não, o cara chegou e disse: tenho de andar sempre na frente do francês, do contrário, ficarei de escanteio. E não aceitava nada menos do que andar na frente. Ele ralava e cobrava da equipe e ficava refletindo onde e por que não tinha vencido uma corrida, isso por dias a fio. Analisava a si e ao carro e a equipe, e fazia que todos cumprissem sua parte para não repetir o resultado ruim. O Ayrton não conseguia as coisas de graça. Ele ralava. Muito. Exigia. E correspondia na pista. Quantas vezes se viu isso depois do Senna na F-1? Não, nenhum piloto brasileiro chegou na F-1 com esse espírito.
Voltando ao presente... O Barrichello, então, nem dá para falar. Como se explica que o Button abra 12 pontos de diferença? Sim, o Button... Ninguém dava nada por ele mais, estava morto e enterrado. Mas o Rubens não. Não.... Imagine, depois de 200 mil anos de carreira na F-1 ele tem... dois vices... vices... Na terra de Emerson, Nelson e Ayrton, ele tem dois vices... E a mídia e os torcedores patriotas que não enxergam um palmo além da bandeira verde-amarela insistem em querer convencer a todos de que o cara é bom. Bom o caralho! Deviam aproveitar que ele tá pagando para viajar para o espaço para apertar o botão de ejetar quando estivessem fora da órbita da Terra. Pra ele ir pro espaço, literalmente, e não voltar mais. Já que largar a F-1 ele não larga, seria um bom jeito de me livrar desse incompetente.
O fato é que, ao observar o comportamento dos torcedores em relação aos pífios resultados de Massas e Barichellos, vejo que o brasileiro sempre foi acostumado com a mediocridade. Brasileiro gosta de ser medíocre. Valorizar resultados como os desses dois pilotos revela quanto o brasileiro admira coisas que estão na média. Por isso quando o Ayrton surgiu, foi um estardalhaço. Porque brasileiro, Ayrton, não é como você pensou. Ayrton disse que brasileiro só gosta de vitória e ele era brasileiro. Mas não é assim, Ayrton. Brasileiro gosta de medíocres. E quando encontra um acima da média, fica besta, babando. Porque não está acostumado.
Brasileiro não está acostumado a puxar além dos limites, a fazer sempre o melhor. Aqui é assim: pra que chegar em primeiro, se segundo está bom? Ou terceiro? Ou quinto, como o Barrichello acha? Por que achar que as escolas são ruins, mesmo tendo alunos que conseguem copiar 15 linhas de texto da lousa e cometer cinco erros, quase um erro por linha, quando você pode olhar a resposta do aluno numa prova e pensar: ah, mas ele está caminhando na linha de raciocínio que se espera, está começando a elaborar um pensamento crítico? E assim o Brasil caminha, se consolando com resultados medíocres no esporte, na política, na economia, na educação...
É um jeito de ser esse do brasileiro. Que termina no: ah, eu sou pobre assim porque Deus quis. Eu vou arrumar trabalho, se Deus quiser. Eu chegarei em primeiro lugar, se Deus quiser. É, Ele há de querer. Desde 1.500 estamos falando de Deus e fazendo pouco para que as coisas melhorem. Nos conformando com resultados medíocres. Vivendo na mediocridade. Talvez Deus queira assim, né não?
E assim os fãs prosseguem na F-1, vendo teorias conspiratórias que prejudicam Rubens e Felipes da vida, ao invés de enxergar a realidade: nossos pilotos são meios de grid, são ruins demais da conta. Não são Alonsos, Vettels ou Hamiltons. São pilotos que fazem número no grid, e só. Marcam pontinhos. Podem em um ano ou outro disputar o título. Mas sempre vão falhar e culpar o tráfego, o carro, a equipe, o companheiro de equipe, o diretor da equipe, a areia do deserto, a chuva européia... Nunca eles cometem erros, nunca falta a eles energia, garra, disciplina para chegar em primeiro. A culpa é sempre dos outros. E os torcedores caem nessa.
Vejamos: Piquet, na Williams, equipe inglesa. Do lado dele, Nigel Mansell, tão inglês quanto a equipe. Descaradamente a Williams tinha preferência pelo Mansell. Mas o Piquet foi o campeão e levou o título. Ayrton Senna chega na McLaren, onde estava há 200 mil anos o francês e melhor piloto da categoria na época, Alan Prost. Pergunta se o Ayrton deu alguma chance para a McLaren um dia olhar pra ele e pensar que era melhor jogar as fichas no Prost? Não, o cara chegou e disse: tenho de andar sempre na frente do francês, do contrário, ficarei de escanteio. E não aceitava nada menos do que andar na frente. Ele ralava e cobrava da equipe e ficava refletindo onde e por que não tinha vencido uma corrida, isso por dias a fio. Analisava a si e ao carro e a equipe, e fazia que todos cumprissem sua parte para não repetir o resultado ruim. O Ayrton não conseguia as coisas de graça. Ele ralava. Muito. Exigia. E correspondia na pista. Quantas vezes se viu isso depois do Senna na F-1? Não, nenhum piloto brasileiro chegou na F-1 com esse espírito.
Voltando ao presente... O Barrichello, então, nem dá para falar. Como se explica que o Button abra 12 pontos de diferença? Sim, o Button... Ninguém dava nada por ele mais, estava morto e enterrado. Mas o Rubens não. Não.... Imagine, depois de 200 mil anos de carreira na F-1 ele tem... dois vices... vices... Na terra de Emerson, Nelson e Ayrton, ele tem dois vices... E a mídia e os torcedores patriotas que não enxergam um palmo além da bandeira verde-amarela insistem em querer convencer a todos de que o cara é bom. Bom o caralho! Deviam aproveitar que ele tá pagando para viajar para o espaço para apertar o botão de ejetar quando estivessem fora da órbita da Terra. Pra ele ir pro espaço, literalmente, e não voltar mais. Já que largar a F-1 ele não larga, seria um bom jeito de me livrar desse incompetente.
O fato é que, ao observar o comportamento dos torcedores em relação aos pífios resultados de Massas e Barichellos, vejo que o brasileiro sempre foi acostumado com a mediocridade. Brasileiro gosta de ser medíocre. Valorizar resultados como os desses dois pilotos revela quanto o brasileiro admira coisas que estão na média. Por isso quando o Ayrton surgiu, foi um estardalhaço. Porque brasileiro, Ayrton, não é como você pensou. Ayrton disse que brasileiro só gosta de vitória e ele era brasileiro. Mas não é assim, Ayrton. Brasileiro gosta de medíocres. E quando encontra um acima da média, fica besta, babando. Porque não está acostumado.
Brasileiro não está acostumado a puxar além dos limites, a fazer sempre o melhor. Aqui é assim: pra que chegar em primeiro, se segundo está bom? Ou terceiro? Ou quinto, como o Barrichello acha? Por que achar que as escolas são ruins, mesmo tendo alunos que conseguem copiar 15 linhas de texto da lousa e cometer cinco erros, quase um erro por linha, quando você pode olhar a resposta do aluno numa prova e pensar: ah, mas ele está caminhando na linha de raciocínio que se espera, está começando a elaborar um pensamento crítico? E assim o Brasil caminha, se consolando com resultados medíocres no esporte, na política, na economia, na educação...
É um jeito de ser esse do brasileiro. Que termina no: ah, eu sou pobre assim porque Deus quis. Eu vou arrumar trabalho, se Deus quiser. Eu chegarei em primeiro lugar, se Deus quiser. É, Ele há de querer. Desde 1.500 estamos falando de Deus e fazendo pouco para que as coisas melhorem. Nos conformando com resultados medíocres. Vivendo na mediocridade. Talvez Deus queira assim, né não?
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Pequena confissão
Confesso uma coisa muito, muito feia. Eu fiquei pagando pau pro PM, mesmo com a namorada do lado, na maior cara dura da paróquia. Fiz de propósito e quis que ela visse. Por quê? Porque mulher é burra. Mulher feiosa com homem bonito tende a ser mais burra ainda. Contando com isso, eu espero que ela tenha crises de ciúme. Acompanhe o raciocínio. Se ela tiver ataque de ciúme, de quem ela vai encher o saco? Meu, que tô pagando pau pra ele, ou dele, que não pode fazer nada a respeito, exceto ficar na dele? Dele, claro. Mulher tem crise de ciúme e briga com o cara, mesmo ele estando na dele. Ela parte do pressuposto de que se outra tá olhando, é porque ele deu motivo. Se ela agir como a maioria, começará a encher o saco, reclamará, pegará no pé, ficará insegura e começará a ver coisa que não existe. E isso me ajuda de duas formas. Primeiro, ele vai ficar de saco na lua e enfraquece a relação. Segundo, ele vai prestar mais atenção em mim porque ela ficou chamando a atenção dele a respeito da minha pessoa. Como eu disse, mulher é burra. E eu tô sendo cretina. Foi mal... Mas cansei de ser boazinha. "Good girls go to heaven, bad girls go to everywhere."
PS - É, eu sei, Deus castiga... Aqui se faz, aqui se paga... Quem planta, colhe... A vingança vem a cavalo... etc etc etc
PS - É, eu sei, Deus castiga... Aqui se faz, aqui se paga... Quem planta, colhe... A vingança vem a cavalo... etc etc etc
O mundo é injusto
Bem, tempos desses eu vi a namorada do PM e entrei em choque. Achei a moça feia. Pra ele, quero dizer. Achei até que podia ser a sogra dele. Então, sábado do feriadão do 21 de abril, eu e meu irmão sentados na calçada, batendo papo enquanto maninho se entope de cigarro e aumenta ainda mais as chances de desenvolver câncer, chega o carro da dita-cuja, devidamente pilotado pelo PM. Ela desce do carro e... oh, céus, era ela mesmo, não era a sogra. Meu irmão achou a dita feia também. Feia pro PM. Chegou a dizer: ih, se é essa aí a namorada, não casa não, com a vida que ele tem... Tipo, com chance de pegar mulher pra caralho por aí, vai se fechar pra ficar com uma mocréia? Pois é. A menina deve ser interessante, mas, coitada, pra carregar aquela areia toda que é o PM, tem de fazer 20 viagens. Eu, que sou feia que dói, acredito que levaria em 10 viagens. O mundo é injusto mesmo.
Diálogos de titi e sobrinho 4
Cheguei cedo na minha mãe na quarta-feira, dia 22 de abril. Bebê vem correndo ao meu encontro. Quando o portão foi aberto, ele lasca:
Sobrinho - Você tem uma "boeda", você tem??? (Traduzindo: boeda = moeda)
Eu - Ei, é assim, é? Um beijo e um bom-dia, nada, né? Tá me achando com cara de banco agora?
Bebê ficou em silêncio e abriu aquele lindo sorriso.
É, eu que acostumei o garoto a ganhar moedas. Naquele dia ele ganhou todas as cerca de 10 moedas que eu tinha na carteira. De noite eu voltei na minha mãe e dei mais uma "boeda", de R$ 1,00, que estava perdida na mala do laptop. Na definição do bebê, a moeda de R$ 1,00 é um "boedão" ou uma "boeda gandona". O cofrinho que ele tem está pesadíssimo de "boedas", que ele vai usar para comprar um "baminhão" (traduzindo baminhão = caminhão). E o pai dele tá morrendo de inveja, vê se pode? Disse que nunca ganhou moeda e mesada de ninguém... rsrsrs
Sobrinho - Você tem uma "boeda", você tem??? (Traduzindo: boeda = moeda)
Eu - Ei, é assim, é? Um beijo e um bom-dia, nada, né? Tá me achando com cara de banco agora?
Bebê ficou em silêncio e abriu aquele lindo sorriso.
É, eu que acostumei o garoto a ganhar moedas. Naquele dia ele ganhou todas as cerca de 10 moedas que eu tinha na carteira. De noite eu voltei na minha mãe e dei mais uma "boeda", de R$ 1,00, que estava perdida na mala do laptop. Na definição do bebê, a moeda de R$ 1,00 é um "boedão" ou uma "boeda gandona". O cofrinho que ele tem está pesadíssimo de "boedas", que ele vai usar para comprar um "baminhão" (traduzindo baminhão = caminhão). E o pai dele tá morrendo de inveja, vê se pode? Disse que nunca ganhou moeda e mesada de ninguém... rsrsrs
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Diálogos de titi e sobrinho 3
Na Páscoa:
Sobrinho - Titi, você quer doce, você quer? (Ele sempre faz pergunta com entonação e repete a pergunta ao final da sentença...)
Eu - Quero sim, amor. Você escolhe e traz pra mim, por favor?
Sobrinho - Tá.
Ele entra na cozinha, mas volta. Com o dedinho apontado pra mim, diz:
Sobrinho - Mas só um doce, só um!
Eu - Tá bom, bebê, só um...
E ele volta, com um bombom muuuuuito gostoso.
Eu - Ai que delícia, obrigada!
Sobrinho - De nada!
Sobrinho - Titi, você quer doce, você quer? (Ele sempre faz pergunta com entonação e repete a pergunta ao final da sentença...)
Eu - Quero sim, amor. Você escolhe e traz pra mim, por favor?
Sobrinho - Tá.
Ele entra na cozinha, mas volta. Com o dedinho apontado pra mim, diz:
Sobrinho - Mas só um doce, só um!
Eu - Tá bom, bebê, só um...
E ele volta, com um bombom muuuuuito gostoso.
Eu - Ai que delícia, obrigada!
Sobrinho - De nada!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
O que falta
Terça-feira, 2 de abril, foi um dia muito ruim. Na escola, presenciei um acidente que poderia ter sérias repercussões, com uma adolescente correndo o risco de ter fraturado a coluna por conta de uma brincadeira idiota de um colega. A crueldade, falta de solidariedade, de respeito e indiferença dos outros alunos me deixou muito, muito, muito triste. Vejo ali o futuro da humanidade. E não é nada bom.
De noite, passou uma procissão na minha porta, da igreja da rua de casa, que é muito bonita e simples, por sinal. Assim como a procissão: pequena, singela e muito bonita. A despeito das imbecilidades que a Igreja Católica fez e faz, eu sou católica e ponto. Vendo o padre passar, e toda a sua convicção na vida, nos homens, no futuro melhor aqui ou em outra vida, senti inveja dele. E de todas aquelas pessoas, tão confiantes na vida, tão em paz, tão equilibradas e tão satisfeitas.
Foi então que eu percebi o motivo da minha tristeza e depressão, que são quase constantes, tirando um ou outro dia em que me sinto mais animada. É que eu não tenho confiança na vida. Não tenho expectativa de que as coisas vão melhorar, por mais que eu planeje e estude e faça. Porque eu sempre estudo, planejo e faço sabendo que não vai mudar nada estudar ou não estudar, planejar ou não planejar, fazer ou não fazer. É um misto de indiferença com frustração e paralisia por saber que nada do que eu fizer realmente vai importar, vai mudar algo em mim, em alguém ou na vida de maneira geral.
Tudo que eu vejo e prevejo me mostra que, pelo contrário, as coisas vão piorar, só tendem a piorar. Olhando aquelas crianças e adolescentes na escola, eu não consigo ver que a vida vá ser melhor no futuro próximo. Nem distante. Eu não consigo ver que minha vida também vá ser melhor, porque eu acho que atingi o ponto máximo que poderia. Não vejo como subir mais, evoluir mais, melhorar as coisas para mim ou para os outros. Não que eu tenha atingido a perfeição, não é isso, mas é como se eu tivesse chegado ao limite do que poderia fazer.
No fundo, no fundo, o que me falta é uma coisa só. Não são metas, planos, novas coisas a fazer, novos objetivos. Me falta fé, me falta acreditar que as coisas podem ser melhores no futuro, seja aqui, nessa vida, ou numa próxima, como diz a Igreja. Falta fé, acreditar que eu posso ser melhor, que os outros podem ser melhores, que a vida e o mundo podem ser melhores. Basicamente, o que me falta é esperança. E mais de um poeta já disse que vida, sem amor e esperança, não é vida. Amor não esteve nem está nos meus planos. Sobrou a esperança, que acho que tive um dia, mas perdi e não a encontro. E, infelizmente, os poetas têm razão...
De noite, passou uma procissão na minha porta, da igreja da rua de casa, que é muito bonita e simples, por sinal. Assim como a procissão: pequena, singela e muito bonita. A despeito das imbecilidades que a Igreja Católica fez e faz, eu sou católica e ponto. Vendo o padre passar, e toda a sua convicção na vida, nos homens, no futuro melhor aqui ou em outra vida, senti inveja dele. E de todas aquelas pessoas, tão confiantes na vida, tão em paz, tão equilibradas e tão satisfeitas.
Foi então que eu percebi o motivo da minha tristeza e depressão, que são quase constantes, tirando um ou outro dia em que me sinto mais animada. É que eu não tenho confiança na vida. Não tenho expectativa de que as coisas vão melhorar, por mais que eu planeje e estude e faça. Porque eu sempre estudo, planejo e faço sabendo que não vai mudar nada estudar ou não estudar, planejar ou não planejar, fazer ou não fazer. É um misto de indiferença com frustração e paralisia por saber que nada do que eu fizer realmente vai importar, vai mudar algo em mim, em alguém ou na vida de maneira geral.
Tudo que eu vejo e prevejo me mostra que, pelo contrário, as coisas vão piorar, só tendem a piorar. Olhando aquelas crianças e adolescentes na escola, eu não consigo ver que a vida vá ser melhor no futuro próximo. Nem distante. Eu não consigo ver que minha vida também vá ser melhor, porque eu acho que atingi o ponto máximo que poderia. Não vejo como subir mais, evoluir mais, melhorar as coisas para mim ou para os outros. Não que eu tenha atingido a perfeição, não é isso, mas é como se eu tivesse chegado ao limite do que poderia fazer.
No fundo, no fundo, o que me falta é uma coisa só. Não são metas, planos, novas coisas a fazer, novos objetivos. Me falta fé, me falta acreditar que as coisas podem ser melhores no futuro, seja aqui, nessa vida, ou numa próxima, como diz a Igreja. Falta fé, acreditar que eu posso ser melhor, que os outros podem ser melhores, que a vida e o mundo podem ser melhores. Basicamente, o que me falta é esperança. E mais de um poeta já disse que vida, sem amor e esperança, não é vida. Amor não esteve nem está nos meus planos. Sobrou a esperança, que acho que tive um dia, mas perdi e não a encontro. E, infelizmente, os poetas têm razão...
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