Estava demorando, mas aconteceu! Nossa festinha árabe de toda santa terça foi descoberta pelo pessoal escroto daquele escroto programa Pânico, da escrota Rede TV. As escrotas peito-coxa-bunda que participam do festival de escrotice desse escroto programa invandiram nossa santa festa com câmeras e microrroupas, para desespero de Alá e regozijo daquele bando de árabes que não estão ainda acostumados a ver tanta mulher com tão pouca roupa tão perto deles. As duas moças "jornalistas" - e eu cada dia mais me envergonho de ser mulher e da profissão - devem ter ali uns 20, 22 anos, mas cara de puta profissional com séculos de experiência. Eu e meus 34 anos parecíamos crianças de pré perto das digníssimas donzelas.
Shortinhos curtinhos, decotes enormes. Peitos com muito silicone, cabelos bem cuidados a base de chapinhas e luzes e tintas. Lentes de contato nos olhos e maquiagem de vagaba. Andar de vagaba. Dança de vagaba. Uma delas, a que chamou mais a atenção dos homens porque o short estava bastante curto e era muito cheia de curvas e com pernas muito bonitas, dançava dança do ventre como se estivesse tentando, mas muito remotamente, aprender a sambar. Ou fazer uma pálida imitação do que seria uma dessas danças de tirar a roupa que as garotas de programa que não sabem dançar absolutamente nada fazem no tal poste do palco.
A festa parou pra eles ficarem lá fazendo baixaria. A maior parte dos sem-noção que vai na festa, claro, subiu pra cima das câmeras, para aparecer na "tilivisão". Quase todo mundo tem seu lado BBB, e quer seus segundinhos de fama. Um tiozinho lá, que vive criticando a maneira como dançamos o dabke (porque pulamos muito e isso não existe, segundo ele, apesar do Youtube desmenti-lo com seus vários vídeos de dabke libaneses) foi lá participar do programa, que na verdade só vulgarizou e prestou um completo desserviço para quem gosta de dança do ventre, tratando a dança como coisa de puta. Porque como o tal Pânico gosta de puta, então tudo tem de virar putaria, claro. Acho que para apaziguar a consciência por ver que participou de algo que só denegriu sua cultura, o tiozinho disse que "era assim mesmo, o negócio era entrar na brincadeira". Vai tomar no cu!!! Não é não senhor. Entra na brincadeira quem quer.
Bem, eu tive de sair de lá e esperar do lado de fora, porque nem me pagando eu apareço numa merda de programa desses. Aliás, minha profissão exige discrição. Não gosto de aparecer em TVs e fotos, se gostasse teria ido para telejornalismo. Do lado de fora, havia uns caras babando nas duas peito-coxa-bunda do Pânico. Comentários como " eu com uma mulher dessa em casa, não precisava de mais nada"... e coisas do gênero. Beleza, problema e notícia seriam os homens estarem falando do "esforço" das moças em fazer uma reportagem ou algo que prestasse... E elas estão mostrando o corpo pra isso, pros homens pagarem pau. Pensa que é só por dinheiro? Não, não é, é a vaidade de se sentir poderosa, de ver que pode ter o cara que quiser, a hora que quiser. Deve ser um sentimento fantástico, quase que de felicidade suprema.
Terminada a baixaria, as peito-coxa-bunda foram embora e o cantor perguntou pra galera o que acharam das meninas do programa. Claro que a homaiada fez coro de aprovação. O cantor disse que preferia suas meninas, se referindo a gente que sempre está lá na festa e que não tem silicone (ou tem, mas não exibe tanto) no peito nem usa shortinho mostrando a bunda, nem fica rebolando e se esfregando nos outros. Tá, foi bonitinho ele dizer isso, mas vai lá ver como é a namorada do cantor: uns 25 anos mais nova do que ele, pernão, bundão e peitão, peruaça total, sempre de salto, saia curta ou vestido curto, decote e/ou roupa colada. A moça é linda e deve viver pra malhar e cuidar da aparência. No fim é isso: os homens amam mulheres lindas, mesmo que tenham ar de vadia, cara de vadia e comportamento de vadia. É isso que eles querem pegar.
Pra concluir, a mulherada, claro, ficou comentando da cara de puta e do comportamento de puta das peito-coxa-bunda do Pânico. A que arrasou mais, de shortinho, tem um bocado de celulite na bunda, que aparentemente está começando a sair do controle, mesmo com toda a malhação a que a peito-bunda se submete, como é possível ver nos músculos dos braços e das pernas. Mas quando vieram comentar comigo sobre elas, eu falei: eu morro é de inveja dessas meninas. E é sério mesmo, eu tenho inveja e queria ser como elas.
Elas ganham em um dia de trabalho mais do que eu ganho em um mês. Falar de reconhecimento é piada. Nem meus pais acham muito especial o que eu faço, enquanto elas distribuem autógrafo por aí. Enquanto eu tenho de ralar de estudar e forçar neurônio, elas tem de ralar pra ficar com o corpo bonito, com ginásticas e cirurgias e salões. A obrigação delas é ser bonita/gostosona, a minha é ser inteligente, e dá muito mais trabalho tentar ser inteligente do que botar silicone e ficar na musculação, ou fazer escova, luzes e lipo... Quem é mais apreciada hoje: mulher inteligente ou bonita/gostosona? Pela reação dos homens lá, que imediatamente entraram no cio ao ver as peito-coxa do Pânico, foda-se sua inteligência, caráter etc. Foda-se se tudo aquilo que se vê ali é seu mesmo ou é silicone. O negócio é ser bonita-gostosona-cara-de-vadia. É isso que o povo gosta, é isso que o povo quer.
Eu queria muito ser paga para ser bonita-gostosona e ver esse bando de homem babando estupidamente na minha bunda ou no meu peito. Isso é que é vida! Não é ficar sentada no banco da faculdade, no banco do trabalho, no banco do ônibus, correndo pra lá e pra cá e sem dinheiro pra sequer trocar um mísero carro popular por outro... Nem ficar querendo sair com o cara mais canalha da face da Terra, mas ele ignorar solenemente porque não tenho sequer peito e perna e bunda suficientes pra impressionar o moço. Vida é você poder pegar um microfone de uma emissora nacional de TV sem sequer ter terminado o segundo grau, falar nada com nada, e compensar toda a falta de conteúdo com uma simples rebolada na direção da galera, que vai ao delírio como se você tivesse dito a coisa mais importante desse mundo! Afinal, quem é que tá interessado no que uma mulher tem a dizer? Peito, coxa e bunda não precisam falar, basta aparecer!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Curta e grossa
Um homem assumidamente canalha cujo nome começa com F de Foda...
Isso não é uma coincidência, é um grito de "Fia, sai Fora"!!!!!!!!!!!
Isso não é uma coincidência, é um grito de "Fia, sai Fora"!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Pensando criticamente
Bem, um ano depois de iniciado meu curso de licenciatura na aprazível e distante da sociedade USP, e alguns poucos livros de educação depois, ainda não sei bem em que tipo de escola gostaria de trabalhar nem que tipo de professora devo ser, muito menos que tipo de aula devo dar. As pessoas da espécie uspiana colocam escola particular como lugar que não desperta pensamento crítico. Apostila como algo que não incentiva o tal do pensar criticamente. Honestamente, que criança pensa criticamente? Que adolescente? Eu começo a desconfiar que os uspianos defendem esse pensamento crítico como forma de continuarem enrolando e não dando os conteúdos das matérias que estão nos currículos. E os que lecionam em escola pública são os maiores defensores desse tal ensino crítico.
O professor, pra despertar o tal pensamento crítico, resolve trabalhar a questão dos sem terra em Geografia Agrária com mais profundidade do que no livro didático ou apostila, por exemplo. Então, um tema que seria dado em uma aula, é dado em três. E da-lhe discurso contra o agronegócio e a favor dos MSTs. Mas falar do dinheiro que o tal agronegócio gera pro país e dos assentados que não ficam na terra, mas vendem a propriedade e vão pra cidade grande, nem pensar. Nada contra falar criticamente a respeito da concentração de renda e de terras que o aogronegócio implica. Nada contra explicar os fundamentos da luta dos MST, a justiça que é o pedido por terra. Tudo contra esse pensamento simplista de latifundiários do mal e sem-terras do bem.
E, pra piorar, no final do ano, surpresa! O professor não cumpriu o programa mínimo curricular, deixando alguma coisa de fora, de preferência algo chato como cartografia. Esse conhecimento será cobrado no futuro, o aluno não terá, o outro professor deixará de lado, até que o respectivo moço/moça chegam no vestibular e está lá, a pergunta de cartografia que ele/ela não sabe responder porque não viu a matéria. Eu sempre estudei em escola pública. E em História, por exemplo, nunca consegui chegar na Era Vargas. No vestibular, tinha pergunta sobre a abertura política pós-ditadura, nos anos 80! Ah, não fosse o cursinho e minha "mania" de ler os livros didáticos (e não didáticos) sem estar estudando a matéria...
E eu acho muuuuuuuito sinistro que quem defende o tal do ensino de qualidade, o defende como sendo um ensino crítico que não é sinônimo de um ensino objetivo, do tipo: o currículo é esse, o objetivo desse curso é dar conteúdos para que essas crianças cheguem a universidade, ou seja, passem no vestibular. As pessoas descartam, ou é pra passar no vestibular, ou é para ser crítico. Honestamente, eu só fui realmente exercer pensamento crítico na universidade. Não acho que criança e adolescente tenha maturidade social e política para entender uma discussão como a da concentração de terras no Brasil. O fato é que o pensamento crítico que uspianos defendem é por demais crítico, inviabiliza o currículo escolar, porque requer mais aulas, maior preparo por parte dos professores e alunos que tenham um certo nível de conhecimento que não existe nem na rede privada. Ficam dando murro em ponta de faca, porque para fazer o que eles falam, tem de mudar o sistema inteiro, não apenas o currículo. Mudar o período em que aluno fica em sala de aula, o tanto de horas que professor pode pegar de aula, colocar computador, internet, biblioteca, e o diabo para dar apoio... Que governo faria isso? Nem a última esperança, que era o PT, não fez aqui em Sampa com os CEUs.
Eu não consegui até agora conciliar a prática da sala de aula, a exigência curricular das secretarias de educação, com as propostas uspianas que tenho visto. Se for dar as aulas que os uspianos acham que devem ser dadas, precisaria ter classes de tempo integral. E não adianta os uspianos gritarem: hoje, a maior parte dos pais querem que os filhos tenham uma educação para passar no vestibular. Enquanto o vestibular não acabar, o ensino fundamental e, principalmente, médio, vai continuar servindo pra isso, vestibular. Eu acho péssimo esse negócio de vestibular. O Brasil é o único, eu disse ÚNICO, país do mundo a adotar vestibular para entrar em faculdades. Sou muito mais os alunos fazerem redações e serem admitidos pelo que fizeram no ensino fundamental e médio do que o tal vestibular, meio como o sistema norte-americano. Mas ele existe e temos de lidar com ele.
Honestamente, sabendo que serei reacionária/conservadora/neoliberal, eu acho que se os professores que defendem o tal ensino crítico fizessem o mínimo, que é dar todo o conteúdo curricular previsto no ano, preparando o aluno pra droga do vestibular, estariam ajudando muito mais seus alunos do que ficando nesse discursinho de defesa do ensino crítico, do fora apostilas e tecnicismo. Na universidade, esses alunos terão contato com o tal pensamento crítico, poderão organizar isso melhor. Não sei, acho que a gente fica se enganando com esse discurso, porque nem bem vejo aulas críticas, nem bem vejo aulas que levem os alunos a passar em vestibular. Não cumprem o que prometem, nem o que são obrigados a cumprir.
Nem vou falar do salário, é vergonhoso, todo mundo sabe. Mas, para mim, o baixo salário e as más condições de trabalho não são desculpas para um professor não chegar no horário, não cumprir com o programa e não dar uma aula mínima decente. Fiz estágio de apenas 40 horas no CEU Aricanduva e a professora de Geografia faltou ou não chegou no horário porque o filho ficou doente ou porque os filhos não acordaram no horário para irem para a escola. Isso, pra mim, é desrespeitoso com os alunos e não há salário ruim que justifique. Vai fazer isso numa empresa privada, pra ver o que acontece. Há décadas a profissão é assim, quem entra, sabe o que será a rotina. Ou entra com compromisso de fazer aquelas crianças terem uma chance mínima de evoluir na escola e chegar ao vestibular, ou saiam da profissão. Que diabos, pra todo mundo é assim, por que professor se acha diferente?
O professor, pra despertar o tal pensamento crítico, resolve trabalhar a questão dos sem terra em Geografia Agrária com mais profundidade do que no livro didático ou apostila, por exemplo. Então, um tema que seria dado em uma aula, é dado em três. E da-lhe discurso contra o agronegócio e a favor dos MSTs. Mas falar do dinheiro que o tal agronegócio gera pro país e dos assentados que não ficam na terra, mas vendem a propriedade e vão pra cidade grande, nem pensar. Nada contra falar criticamente a respeito da concentração de renda e de terras que o aogronegócio implica. Nada contra explicar os fundamentos da luta dos MST, a justiça que é o pedido por terra. Tudo contra esse pensamento simplista de latifundiários do mal e sem-terras do bem.
E, pra piorar, no final do ano, surpresa! O professor não cumpriu o programa mínimo curricular, deixando alguma coisa de fora, de preferência algo chato como cartografia. Esse conhecimento será cobrado no futuro, o aluno não terá, o outro professor deixará de lado, até que o respectivo moço/moça chegam no vestibular e está lá, a pergunta de cartografia que ele/ela não sabe responder porque não viu a matéria. Eu sempre estudei em escola pública. E em História, por exemplo, nunca consegui chegar na Era Vargas. No vestibular, tinha pergunta sobre a abertura política pós-ditadura, nos anos 80! Ah, não fosse o cursinho e minha "mania" de ler os livros didáticos (e não didáticos) sem estar estudando a matéria...
E eu acho muuuuuuuito sinistro que quem defende o tal do ensino de qualidade, o defende como sendo um ensino crítico que não é sinônimo de um ensino objetivo, do tipo: o currículo é esse, o objetivo desse curso é dar conteúdos para que essas crianças cheguem a universidade, ou seja, passem no vestibular. As pessoas descartam, ou é pra passar no vestibular, ou é para ser crítico. Honestamente, eu só fui realmente exercer pensamento crítico na universidade. Não acho que criança e adolescente tenha maturidade social e política para entender uma discussão como a da concentração de terras no Brasil. O fato é que o pensamento crítico que uspianos defendem é por demais crítico, inviabiliza o currículo escolar, porque requer mais aulas, maior preparo por parte dos professores e alunos que tenham um certo nível de conhecimento que não existe nem na rede privada. Ficam dando murro em ponta de faca, porque para fazer o que eles falam, tem de mudar o sistema inteiro, não apenas o currículo. Mudar o período em que aluno fica em sala de aula, o tanto de horas que professor pode pegar de aula, colocar computador, internet, biblioteca, e o diabo para dar apoio... Que governo faria isso? Nem a última esperança, que era o PT, não fez aqui em Sampa com os CEUs.
Eu não consegui até agora conciliar a prática da sala de aula, a exigência curricular das secretarias de educação, com as propostas uspianas que tenho visto. Se for dar as aulas que os uspianos acham que devem ser dadas, precisaria ter classes de tempo integral. E não adianta os uspianos gritarem: hoje, a maior parte dos pais querem que os filhos tenham uma educação para passar no vestibular. Enquanto o vestibular não acabar, o ensino fundamental e, principalmente, médio, vai continuar servindo pra isso, vestibular. Eu acho péssimo esse negócio de vestibular. O Brasil é o único, eu disse ÚNICO, país do mundo a adotar vestibular para entrar em faculdades. Sou muito mais os alunos fazerem redações e serem admitidos pelo que fizeram no ensino fundamental e médio do que o tal vestibular, meio como o sistema norte-americano. Mas ele existe e temos de lidar com ele.
Honestamente, sabendo que serei reacionária/conservadora/neoliberal, eu acho que se os professores que defendem o tal ensino crítico fizessem o mínimo, que é dar todo o conteúdo curricular previsto no ano, preparando o aluno pra droga do vestibular, estariam ajudando muito mais seus alunos do que ficando nesse discursinho de defesa do ensino crítico, do fora apostilas e tecnicismo. Na universidade, esses alunos terão contato com o tal pensamento crítico, poderão organizar isso melhor. Não sei, acho que a gente fica se enganando com esse discurso, porque nem bem vejo aulas críticas, nem bem vejo aulas que levem os alunos a passar em vestibular. Não cumprem o que prometem, nem o que são obrigados a cumprir.
Nem vou falar do salário, é vergonhoso, todo mundo sabe. Mas, para mim, o baixo salário e as más condições de trabalho não são desculpas para um professor não chegar no horário, não cumprir com o programa e não dar uma aula mínima decente. Fiz estágio de apenas 40 horas no CEU Aricanduva e a professora de Geografia faltou ou não chegou no horário porque o filho ficou doente ou porque os filhos não acordaram no horário para irem para a escola. Isso, pra mim, é desrespeitoso com os alunos e não há salário ruim que justifique. Vai fazer isso numa empresa privada, pra ver o que acontece. Há décadas a profissão é assim, quem entra, sabe o que será a rotina. Ou entra com compromisso de fazer aquelas crianças terem uma chance mínima de evoluir na escola e chegar ao vestibular, ou saiam da profissão. Que diabos, pra todo mundo é assim, por que professor se acha diferente?
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Monalisa e Dinda
Bem, todo mundo tá comentando o tal Castelo Monalisa que o deputado federal DEMoníaco Edmar Moreira (MG) construiu num canto lá das Minas Gerais. Bem, a página do castelinho foi retirada do ar, e o cache do Google informa que exibe a página mostrada no site no dia 5 último. Justamente quando começaram a perguntar pro tal deputado (que, claro, só está sendo questionado porque é o novo corregedor da Câmara dos DePUTAdos) onde está o Castelinho dele na declaração ao Leão. Bem, ele contou pro Fisco que tinha um imóvel de R$ 17,5 mil, em 2006, em área próxima ao Castelinho. Engraçado, porque é um imóvel que fica em uma praça. O filho de dePUTAdo, Leonardo, também declarou ao Fisco um terreno na área rural da cidade, de nome Carlos Alves, no módico valor de R$3.196.000. E cadê o castelinho, perguntam os nobres dePUTAdos amigos??? Eu queria mais era saber como esse super-homem se tornou um escravo do trabalho pra poder conseguir construir residência tão simplezinha assim.
Duas coisas interessantes sobre o tal Castelo: primeiro, a página dele diz que é "um sonho de lugar". Segundo, o endereço de contato dado lá é CASTELO MONALISA – FAZENDA LUZITANA. SQS 114 BLOCO “F” AP. 101 – Asa Sul. CEP: 70377-070 – Brasília – DF. E o celular para contato é do DF também: Tel.: +55 61 9975.1111. contato@castelomonalisa.com.br. Caso não tirem do ar, pode-se conferir o espetáculo que é o tal castelinho no link http://www.castelomonalisa.com.br/fotos.html.
Fica em São João Nepomuceno, Zona da Mata mineira, perto de Juiz de Fora. Na propaganda diz que o "conjunto arquitetônico foi construído inspirado em castelos europeus, com área de 192 hectares requintados, com belas reservas e parques. É composto de várias torres, sendo a principal com oito andares, estando distribuídas em suas dependências mais 36 suítes com hidromassagens, salões para atividades afins, como festas, ginástica, jogos, eventos diversos, reuniões etc., piscinas, saunas, lagos para prática de pescaria, estrutura para campos de golf, jardins, áreas de relaxamento, demonstrando um ambiente de rara beleza." Destacam também que ele fica perto do litoral (!?) e dos grandes centros consumidores (SP, RJ e BH).
Está a venda: R$ 20 a R$ 25 milhões é o preço estimado. Eu quero!
E pensar que o Collor caiu por causa da cascata da Casa da Dinda, que mais parece um barraco perto do Castelinho do Edmar e suas 36 (!!!!!!!!!!!!!!!!) suítes! Isso mesmo, 36!!!!
Foto acima: Correio Braziliense de 2003, mostrando que a Casa da Dinda estava às moscas.
Acreditem, essa fontezinha, publicada na capa da revistinha Veja com cores exuberantes num tremendo jogo de luz e sombras que dava a ela uma aparência magnífica, derrubou o primeiro presidente eleito democraticamente no Brasil após a ditadura. Detalhe, publicada na capa da mesma revistinha Veja que havia dado, nas eleições, outra capa com garrafais letras Collor - Caçador de Marajás, imagem que o elegeu. Veja, o tal deputado, com seu Castelinho, é corregor (!!!!!) da Câmara. Se elegeu, com castelinho e tudo. Ai, alguém realmente acha que o País tem jeito???!!!
Capa da Veja que ajudou a eleger o Collor
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Insatisfação que causa dor
Nessa altura da minha vida, uma das coisas que mais me incomodam em mim é minha completa insatisfação com a boa vida que levo. Eu tenho plena consciência de que não há motivo para eu me sentir insatisfeita: tenho casa, comida, roupa lavada. Sou perfeitamente saudável. Tenho emprego e me orgulho dele, tenho bom salário, uma boa casa, e um carro velhinho que não trocarei, pelo jeito, porque não vou pagar R$ 40 mil em suaves prestações de R$ 900 para comprar um carro zero, 1.0, básico. É muito dinheiro. Resumindo, não sou rica, mas estou bastante longe da linha da pobreza. Minha família é grande, e estão todos bem, ninguém passa necessidade nem está com doença terminal ou crônica que impeça de levar uma vida normal. Nunca presenciei uma morte violenta. Nunca sofri uma violência pessoal. Sou privilegiada.
E nada dessa vida quase perfeita me faz ficar menos insatisfeita. Fui na gravação do programa da CBN "No Divã com Gikovate", com Flávio Gikovate. Ele tem umas teorias interessantes a respeito de como aprender a viver sozinho e bem, sobre o que são os relacionamentos (casamentos, namoros) hoje, sobre individualismo. Ele fala na lata, não suaviza nada, chega a ser cruel em algumas respostas, mas eu gosto de gente assim. Não sou muito simpática a auto-ajuda nem entendo nada de psicanálise para saber se o dr. Flávio é um charlatão aparecido ou um profissional sério. Esses rótulos não me interessam, o que interessa é a utilidade das orientações que ele dá. Para mim, são boas. Na gravação, eu fiz uma pergunta por escrito para ele, sobre porquê pessoas que aparentemente têm uma vida boa se sentem insatisfeitas. Resumindo, ele respondeu que faz parte do ser humano inteligente - e ele ressaltou o inteligente - estar insatisfeito com as coisas, que isso move as pessoas e que é impossível estar feliz com tudo o tempo inteiro.
Mesmo que nada exista de errado, continuou ele, a gente sabota a nossa própria felicidade. Achando estranho estar feliz e com medo de que a felicidade termine, fazemos algo para acabar com ela, procuramos problema. Já li algo de Freud sobre isso, e ele fundamenta o problema na relação com a mãe. Nada entendo de Freud e, como leiga, digo que acho muito baboseira atribuir tudo a relação com pai e mãe e a sexo, então, por ter essa imagem de Freud, acabei não me interessando por ele. Preconceito e ignorância minha, com certeza. Voltando ao dr. Flávio, entendi que é natural estar insatisfeita e que será sempre assim. Ok, mas eu não estava falando dessa insatisfação que nos move para frente, mas da que nos prende ao sofrimento de ficar pensando o que falta na nossa vida, e a não valorizar o que se tem.
Essa insatisfação me deixa muito triste. Eu me sinto ingrata com a vida e fico com medo, porque a vida talvez, um dia, queira me dar uma lição. "Já que você não valoriza o que tem, que tal se eu tirasse o que você tem para que entenda que é sua obrigação ser grata à vida?" Um exemplo simples. Anteontem, no metrô, vi uma moça de muletas, bonitinha e com ar amigável e simpática. Ela estava de vestido que cobria até um pouco abaixo dos joelhos e era um vestido simples, mas parecia gostoso de usar, soltinho e meio esvoaçante. Aí eu olhei as pernas dela. Muito finas. Vi que a finura das pernas dela é o problema que a obriga a andar de muletas. Acho que os ossos não se desenvolveram e as pernas não sustentam o peso da moça, que é magra como eu.
Bem, ela estava lá, feliz com seu vestidinho naquele calorão. E eu, morrendo de calor numa calça jeans preta, porque não uso saia curta ou vestido para não mostrar as minhas pernas finas e manchadas de alergia. Me xinguei de todos os nomes. Como eu escondo pernas que são finas, mas que me sustentam, enquanto aquela moça mostra as dela, mais finas do que as minha e que a obriga a andar de muletas? Aposto que ela trocaria de perna comigo num segundo, sem ligar para as manchas e pensando que a finura das minhas não chegou no ponto de me impedir a andar... Ela trocaria, tenho certeza, sendo feias ou bonitas, contanto que pudesse andar sem problemas. Imaginei se ela não tinha vontade de correr, de nadar, de dançar, se ela conseguia fazer essas coisas que eu faço rotineiramente. Senti um enorme admiração pela moça. E segurei o choro que veio aos meus olhos, de raiva de mim mesma.
Era desse tipo de insatisfação que eu queria que o dr. Flávio falasse, mas não pude explicar no papel e ele não estava me dando uma consulta. Eu deveria me sentir grata, mas não me sinto. E tenho medo de ser punida por isso. Sempre acho que, um dia, vai me acontecer uma grande tragédia: que vou desenvolver um câncer muito ruim de ser tratado e morrerei aos poucos, que vou ficar paralítica, perder um braço, a visão, sei lá. Uma coisa dessas que me impediria de continuar levando a vida que levo e que vai me mostrar que eu era feliz e não sabia.
PS - Esse foi o centésimo post desse blog. Confesso que tenho vergonha dele. Blog é uma coisa narcisista demais. Infelizmente, sou uma mulher do meu tempo e esses são tempos narcisistas...
E nada dessa vida quase perfeita me faz ficar menos insatisfeita. Fui na gravação do programa da CBN "No Divã com Gikovate", com Flávio Gikovate. Ele tem umas teorias interessantes a respeito de como aprender a viver sozinho e bem, sobre o que são os relacionamentos (casamentos, namoros) hoje, sobre individualismo. Ele fala na lata, não suaviza nada, chega a ser cruel em algumas respostas, mas eu gosto de gente assim. Não sou muito simpática a auto-ajuda nem entendo nada de psicanálise para saber se o dr. Flávio é um charlatão aparecido ou um profissional sério. Esses rótulos não me interessam, o que interessa é a utilidade das orientações que ele dá. Para mim, são boas. Na gravação, eu fiz uma pergunta por escrito para ele, sobre porquê pessoas que aparentemente têm uma vida boa se sentem insatisfeitas. Resumindo, ele respondeu que faz parte do ser humano inteligente - e ele ressaltou o inteligente - estar insatisfeito com as coisas, que isso move as pessoas e que é impossível estar feliz com tudo o tempo inteiro.
Mesmo que nada exista de errado, continuou ele, a gente sabota a nossa própria felicidade. Achando estranho estar feliz e com medo de que a felicidade termine, fazemos algo para acabar com ela, procuramos problema. Já li algo de Freud sobre isso, e ele fundamenta o problema na relação com a mãe. Nada entendo de Freud e, como leiga, digo que acho muito baboseira atribuir tudo a relação com pai e mãe e a sexo, então, por ter essa imagem de Freud, acabei não me interessando por ele. Preconceito e ignorância minha, com certeza. Voltando ao dr. Flávio, entendi que é natural estar insatisfeita e que será sempre assim. Ok, mas eu não estava falando dessa insatisfação que nos move para frente, mas da que nos prende ao sofrimento de ficar pensando o que falta na nossa vida, e a não valorizar o que se tem.
Essa insatisfação me deixa muito triste. Eu me sinto ingrata com a vida e fico com medo, porque a vida talvez, um dia, queira me dar uma lição. "Já que você não valoriza o que tem, que tal se eu tirasse o que você tem para que entenda que é sua obrigação ser grata à vida?" Um exemplo simples. Anteontem, no metrô, vi uma moça de muletas, bonitinha e com ar amigável e simpática. Ela estava de vestido que cobria até um pouco abaixo dos joelhos e era um vestido simples, mas parecia gostoso de usar, soltinho e meio esvoaçante. Aí eu olhei as pernas dela. Muito finas. Vi que a finura das pernas dela é o problema que a obriga a andar de muletas. Acho que os ossos não se desenvolveram e as pernas não sustentam o peso da moça, que é magra como eu.
Bem, ela estava lá, feliz com seu vestidinho naquele calorão. E eu, morrendo de calor numa calça jeans preta, porque não uso saia curta ou vestido para não mostrar as minhas pernas finas e manchadas de alergia. Me xinguei de todos os nomes. Como eu escondo pernas que são finas, mas que me sustentam, enquanto aquela moça mostra as dela, mais finas do que as minha e que a obriga a andar de muletas? Aposto que ela trocaria de perna comigo num segundo, sem ligar para as manchas e pensando que a finura das minhas não chegou no ponto de me impedir a andar... Ela trocaria, tenho certeza, sendo feias ou bonitas, contanto que pudesse andar sem problemas. Imaginei se ela não tinha vontade de correr, de nadar, de dançar, se ela conseguia fazer essas coisas que eu faço rotineiramente. Senti um enorme admiração pela moça. E segurei o choro que veio aos meus olhos, de raiva de mim mesma.
Era desse tipo de insatisfação que eu queria que o dr. Flávio falasse, mas não pude explicar no papel e ele não estava me dando uma consulta. Eu deveria me sentir grata, mas não me sinto. E tenho medo de ser punida por isso. Sempre acho que, um dia, vai me acontecer uma grande tragédia: que vou desenvolver um câncer muito ruim de ser tratado e morrerei aos poucos, que vou ficar paralítica, perder um braço, a visão, sei lá. Uma coisa dessas que me impediria de continuar levando a vida que levo e que vai me mostrar que eu era feliz e não sabia.
PS - Esse foi o centésimo post desse blog. Confesso que tenho vergonha dele. Blog é uma coisa narcisista demais. Infelizmente, sou uma mulher do meu tempo e esses são tempos narcisistas...
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Dar tempo ao tempo funciona
Nada como a filosofia Zeca Pagodinho, o clássico "deixa a vida me levar"...
Eu sempre faço isso. E acho que quase toda a Humanidade também. Fico perdendo horas e horas para racionalizar as coisas, para entender o que ocorre, e tentar reagir de forma apropriada. Depois de toda essa estúpida masturbação psicológica, a vida acaba resolvendo tudo sozinha. Não resolvendo, mas te dizendo que, talvez, o caminho que você queira seguir não é o mais correto.
Pois bem, deixando a enrolação de lado, tem aquele moço, sobre quem falei há uns dias, que me fez descobrir o eletromagnetismo. Bem, empolgada foi pouco para a minha situação após o ocorrido, dado o tamanho do post e da reflexão feita após interessantes colocações da Fernanda. E agora eu descobri que ele tem um lance com uma moça que é freqüentadora daquele boteco.
A moça em questão é uma graça de pessoa. Bonitona, trabalho legal, vive com gente montada na grana em torno dela por causa do trabalho. Ela é muito bacana comigo, mas desconfio que meta a boca em mim pelas costas. Não é nada pessoal, na verdade, porque ela faz isso com todo mundo. Nisso, meu santo não cruza com o dela. Ela perde algum tempo falando mal de outras garotas, criticando roupas, cabelos, maquiagem, comportamento ou o que puder. Mesmo que tenha acabado de dar um beijinho na queridona alvo de sua língua ferina. Mas, como ninguém é perfeito, ela tem isso de ruim. No mais, é um amor. Conversa, dá conselhos, presta atenção, é educada, gentil, dança e fica mais divertida ainda quando bebe. E vez ou outra ela bebe de trocar as pernas, o que a deixa mais engraçada.
De forma que, agora com essa informação, a vida me coloca duas opções. Ignorar que eu sei que ela e ele estão enroscados e tentar finalizar as coisas. Ou deixar para lá, afinal, a moça pode se chatear e o que não quero pra mim, não quero pros outros. E não se trata do que o cara quer, e sim do que eu quero. Ele faz o que quiser, cabe a mim dizer sim ou não.
Não entendo bem o rolo de ambos, porque cansei de vê-lo pegar mulher na frente dela. Às vezes mais de uma na mesma noite. Talvez ela tenha se apaixonado profundamente pelo sujeito e suporte o sofrimento de vê-lo atracado com as sirigaitas que ele pega por lá, por achar o sofrimento de não tê-lo maior do que o de vê-lo com outras. Se isso é certo ou errado, não sei, porque os complexos fazem a gente se submeter a muita coisa ruim. E quem não tem fraquezas, complexos etc atire a primeira pedra. Eu que não vou bancar a juíza.
Talvez eles estejam se acertando, tudo caminhe para um final feliz e ele vire gente. Ou talvez eles tenham combinado um relacionamento aberto, mas que um não fique com outro assim, na cara lavada, mas escondidinho. O que os olhos não vêem, o coração não sente, diz o piegas ditado. Enfim, no fim das contas, nada disso me diz respeito, certo?
O que me diz respeito é o que eu vou fazer a partir daqui. Isso não tem a ver com o cara. Se ele é canalha ou não, é problema dele. Eu aceito isso ou não. Essa é a parte que me cabe. Não vou terceirizar a minha responsabilidade pelas escolhas que faço, sou adulta e consciente do que faço e deixo de fazer. Odeio esse discurso das pessoas que fazem merda e botam a culpa em um terceiro. De mulher que fica com cara que não presta e diz que ele é que é o culpado pelo sofrimento dela. A não ser que o camarada tenha escondido muito bem que é um safado, aí a coisa é diferente.
Voltando à situação... De primeira, acho melhor ficar longe a partir de agora. A menina é bacana, não acho que seria uma boa eu sacaneá-la. O que o cara faz com ela, se ele a sacaneia e isso o faz uma pessoa boa ou ruim, não é da minha conta. Mas eu não sei se quero participar disso. A minha dúvida está em uma única questão: será que ela se chateia, se considera sacaneada? Porque também não quero deixar algo de lado pensando no bem de uma terceira pessoa que, na verdade, não liga picas pra situação. É, mais coisa para se refletir. A masturbação psicológica ainda não terminou...
Eu sempre faço isso. E acho que quase toda a Humanidade também. Fico perdendo horas e horas para racionalizar as coisas, para entender o que ocorre, e tentar reagir de forma apropriada. Depois de toda essa estúpida masturbação psicológica, a vida acaba resolvendo tudo sozinha. Não resolvendo, mas te dizendo que, talvez, o caminho que você queira seguir não é o mais correto.
Pois bem, deixando a enrolação de lado, tem aquele moço, sobre quem falei há uns dias, que me fez descobrir o eletromagnetismo. Bem, empolgada foi pouco para a minha situação após o ocorrido, dado o tamanho do post e da reflexão feita após interessantes colocações da Fernanda. E agora eu descobri que ele tem um lance com uma moça que é freqüentadora daquele boteco.
A moça em questão é uma graça de pessoa. Bonitona, trabalho legal, vive com gente montada na grana em torno dela por causa do trabalho. Ela é muito bacana comigo, mas desconfio que meta a boca em mim pelas costas. Não é nada pessoal, na verdade, porque ela faz isso com todo mundo. Nisso, meu santo não cruza com o dela. Ela perde algum tempo falando mal de outras garotas, criticando roupas, cabelos, maquiagem, comportamento ou o que puder. Mesmo que tenha acabado de dar um beijinho na queridona alvo de sua língua ferina. Mas, como ninguém é perfeito, ela tem isso de ruim. No mais, é um amor. Conversa, dá conselhos, presta atenção, é educada, gentil, dança e fica mais divertida ainda quando bebe. E vez ou outra ela bebe de trocar as pernas, o que a deixa mais engraçada.
De forma que, agora com essa informação, a vida me coloca duas opções. Ignorar que eu sei que ela e ele estão enroscados e tentar finalizar as coisas. Ou deixar para lá, afinal, a moça pode se chatear e o que não quero pra mim, não quero pros outros. E não se trata do que o cara quer, e sim do que eu quero. Ele faz o que quiser, cabe a mim dizer sim ou não.
Não entendo bem o rolo de ambos, porque cansei de vê-lo pegar mulher na frente dela. Às vezes mais de uma na mesma noite. Talvez ela tenha se apaixonado profundamente pelo sujeito e suporte o sofrimento de vê-lo atracado com as sirigaitas que ele pega por lá, por achar o sofrimento de não tê-lo maior do que o de vê-lo com outras. Se isso é certo ou errado, não sei, porque os complexos fazem a gente se submeter a muita coisa ruim. E quem não tem fraquezas, complexos etc atire a primeira pedra. Eu que não vou bancar a juíza.
Talvez eles estejam se acertando, tudo caminhe para um final feliz e ele vire gente. Ou talvez eles tenham combinado um relacionamento aberto, mas que um não fique com outro assim, na cara lavada, mas escondidinho. O que os olhos não vêem, o coração não sente, diz o piegas ditado. Enfim, no fim das contas, nada disso me diz respeito, certo?
O que me diz respeito é o que eu vou fazer a partir daqui. Isso não tem a ver com o cara. Se ele é canalha ou não, é problema dele. Eu aceito isso ou não. Essa é a parte que me cabe. Não vou terceirizar a minha responsabilidade pelas escolhas que faço, sou adulta e consciente do que faço e deixo de fazer. Odeio esse discurso das pessoas que fazem merda e botam a culpa em um terceiro. De mulher que fica com cara que não presta e diz que ele é que é o culpado pelo sofrimento dela. A não ser que o camarada tenha escondido muito bem que é um safado, aí a coisa é diferente.
Voltando à situação... De primeira, acho melhor ficar longe a partir de agora. A menina é bacana, não acho que seria uma boa eu sacaneá-la. O que o cara faz com ela, se ele a sacaneia e isso o faz uma pessoa boa ou ruim, não é da minha conta. Mas eu não sei se quero participar disso. A minha dúvida está em uma única questão: será que ela se chateia, se considera sacaneada? Porque também não quero deixar algo de lado pensando no bem de uma terceira pessoa que, na verdade, não liga picas pra situação. É, mais coisa para se refletir. A masturbação psicológica ainda não terminou...
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