quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Há algo de podre no reino da Dinamarca

... e eu me surpreendi não me incomodando muito com isso. Ouvi, sem querer, metade de uma conversa em que comentavam que o Sergio e a sua respectiva não estão lá muito bem. Não sei o motivo, peguei a conversa andando. Ouvi que falaram pra moça que o Sergio a considerava como a mulher da vida dele, e ela disse um "não sei não". Depois falaram para o próprio Sergio para ele não sacanear com a amiga, e que ele nada respondeu. Deduzi que a moça deve ter tido alguma crise de ciúme, e pelo silêncio do moço, baseado no pouco que eu sei dele, ela tem motivo de sobra pra ficar embirrada. Ele mente mal. O silêncio é a melhor resposta.

Eu sempre fiquei pensando qual seria minha reação se esse relacionamento dele, um noivado, não desse certo. E se aparecesse uma crise entre eles, eu iria comemorar? Ficaria feliz? Ansiosa por vê-lo? Iria achar que uma chance se abriria para mim? Eu iria aproveitá-la, já que gostei tanto dele? Iria pular em cima, como urubu rodeando cadáver, na primeira oportunidade? Sempre achei que a resposta para tudo isso seria sim. E agora que aconteceu uma crise no relacionamento dele, nada disso ocorreu. Quando fiquei sabendo da crise do casal, senti um grande e enorme nada. Quase que dei de ombros.

Acho que não gosto mais dele. Me preparei tanto para o fato de que ele, noivo, ia se casar, me eduquei tanto para ficar feliz por vê-lo feliz do lado de uma moça de quem ele aparentemente gosta demais, que o faz feliz, que amacia o ego dele, que acho que desgostei. Tentei até sonhar com a situação dele tentar ficar comigo pra se consolar. E minha reação foi inédita: achei tudo sem graça e comecei a pensar em outra coisa.

É, cansei de brincar. Toda chama, sem oxigênio para mantê-la, adormece, adormece e apaga. Morre. Meu gostar do Sergio morreu. Não estou triste, nem feliz. Estou vazia. E acho que isso é muito pior...

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