Eu raramente me arrependo de coisas que eu fiz. Talvez porque eu pense muito, planeje, me prepare... O medo de me arriscar e me machucar tem como lado positivo essa minha mania de pensar muito antes de fazer algo. E é batata, quando eu penso pouco ou não penso, sempre dá errado.
Das coisas que eu me arrependo de ter feito, só me lembro de uma que, realmente, me dá vontade de cortar os pulsos quando penso nela: ter ido morar com aquele bestinha do meu ex. Perdi muito tempo na minha vida com aquele idiotinha que se achava o bonzão, o "simple the best" da Tina Turner. Os motivos para eu não ficar com ele eram claros na época, assim como o são hoje. Lista dos 20 que me ocorreram agora:
1) Ele pediu pra eu ir morar com ele porque não queria mais andar de carro por toda Sampa para me levar em casa;
2) Ele era hiper metódico e organizado, e não gostava que mexessem em suas coisas, um chato total; e eu sou a bagunça em pessoa;
3) Eu não o amava, muito menos o amava a ponto de morarmos juntos;
4) Eu sou estressada e ele detestava gente assim;
5) Eu sou apegada a família e ele detestava ter contato com a sua própria família (imagine como era ter contato com a minha...);
6) Eu era uma pós-adolescente imatura que estava começando a construir minha vida adulta e minha carreira, precisava me dedicar 100% a ela, precisava crescer;
7) Eu queria morar fora do País por um tempo para aprender uma língua;
8) Eu nunca quis casar nem ter filhos, ao contrário dele;
9) Eu gosto de blusas decotadas, sem costas, calças justas e esmaltes, mascar chiclete e rir alto, e ele detestava (não eram coisas para mulheres casadas e direitas, mas pra putas, segundo ele);
10) Eu adoro dançar, ir pra balada, ouvir músicas pra dançar (de flash back a axé) e ele odiava tudo isso, não sabia fazer nem o dois-pra-lá-dois-pra-cá;
11) Eu odeio machistas e ele era machista;
12) Eu adoro conversar e ele odiava ter de me contar as coisas;
13) Ele gostava de ir em restaurante e comer nunca foi minha atividade predileta;
14) Eu queria mais sexo do que ele e ele era um medíocre na cama (não sabia disso naquela época, mas meu sexto sentido me dizia que ele era fraquinho, fraquinho na horizontal);
15) Eu adoro beijo na boca e ele detestava, quase nunca me beijava;
16) Eu odeio apartamento e ele morava em apartamento;
17) Eu não consigo viver sem cachorro e ele não tinha lugar pra criar cachorro;
18) Eu sou doente pelo Ayrton e ele tinha ciúmes e não me deixava ficar com as fotos, reportagens e outros materiais que tenho do Ayrton, o que me fazia muita falta;
19) Ele não gostava das minhas amigas e me distanciou delas;
20) Eu não gostava dos amigos dele, mas não o afastei de suas amizades (menos porque eu sou boazinha, mais porque não sabia como fazer isso e porque eu tinha mais o que fazer da vida).
Eu perdi uns quatro anos com esse cara mala, chato e tudo terminou porque o cara é que me deu um pé na bunda, alegando que éramos incompatíveis (dan) e que eu o puxava pra baixo (dan dan), não era mais a pessoa alegre que ele conheceu (dan dan dan, depois de me podar de todas as maneiras, querendo que eu mudasse meu jeito para ser uma "mulher séria", ele esperava o quê? Que eu disse muito obrigada, senhor, por ter me civilizado? Ah, vai pentear macaco, né!). Não deveria ter sido o contrário, eu mandado o sujeito para a puta que o pariu, pros quintos dos infernos, pro raio que o parta? Deveria, e eu me arrependo de não ter tomado a iniciativa de terminar, de mandar aquele bestão tomar no *&%@#... e se ... fo#*&$!@ !
Em resumo: perdi anos importantes da minha vida pra viver um negócio que eu sabia que não era pra mim, que não daria certo. Foi como se eu, sabendo que fogo queima, achasse que tinha de botar a mão lá pra tostar, uma imbecilidade completa da minha parte, porque tenho como habilidade aprender com a experiência dos outros. Deu um tilti no meu cérebro naquela fase da minha vida que é absolutamente inexplicável.
Eu insisti naquilo, naquela perda de tempo, por puro medo de nunca mais ninguém gostar de mim. Ninguém gosta de mim e... surpresa, além de sobreviver, muito bem, obrigada, eu não ligo a mínima pra isso!!! I don´t give a shit, people, I don´t give a shit!!!!!!
quarta-feira, 30 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
O misterioso Palio Cinza
Ontem de noite eu vi o moço Ricardo... É uma coisa muito estranha: o PM chega de algum lugar ali pelas 22h, 23h30, no seu carro cinza boy, que tem luzinha azul na frente e é todo invocadinho, como o próprio dono. Chega voando no carro. Atrás dele, vem um Palio Cinza, bem menos invocado, mas tão no pau quanto o PM. Todo de vidro preto, não dá pra ver quem está lá dentro do tal Palio.
O Ricardo desce, não se dirige à pessoa que está no Palio, guarda o carro dele na garagem e o tal Palio fica estacionado duas casas para cima da casa dele. Ele entra na casa dele, fica um tempo lá dentro, sai, com uma mochila, entra no tal Palio e sobe no pau. Ele que dirige o tal Palio dessa vez. E a pessoa que está dentro desse Palio nunca desce do carro, nem pra trocar de lugar com ele. Ela fica lá, esperando o moço voltar. E os vidros nunca ficam baixos. Nem pela metade!
Que coisa sinistra! Se é a namorada, que inclusive tem um carro preto Renault, por que ela não desce pra dar oi pros sogros? E ele larga a menina lá, por vários minutos, sozinha, no carro, tardão da noite, correndo risco de assalto, só porque é PM???? Nada faz sentido ali.
Minha curiosidade sobre o misterioso Palio Cinza é gigante, maior do que a vontade de dar beijo no PM... Que, by the way, cortou o cabelo novamente muito, muito curtinho e estava usando óculos ontem. Que cara de professor que usa palmatória em quem esquece de fazer a lição de casa, meu Deus!!! Meda!!!!!!!!!!
O Ricardo desce, não se dirige à pessoa que está no Palio, guarda o carro dele na garagem e o tal Palio fica estacionado duas casas para cima da casa dele. Ele entra na casa dele, fica um tempo lá dentro, sai, com uma mochila, entra no tal Palio e sobe no pau. Ele que dirige o tal Palio dessa vez. E a pessoa que está dentro desse Palio nunca desce do carro, nem pra trocar de lugar com ele. Ela fica lá, esperando o moço voltar. E os vidros nunca ficam baixos. Nem pela metade!
Que coisa sinistra! Se é a namorada, que inclusive tem um carro preto Renault, por que ela não desce pra dar oi pros sogros? E ele larga a menina lá, por vários minutos, sozinha, no carro, tardão da noite, correndo risco de assalto, só porque é PM???? Nada faz sentido ali.
Minha curiosidade sobre o misterioso Palio Cinza é gigante, maior do que a vontade de dar beijo no PM... Que, by the way, cortou o cabelo novamente muito, muito curtinho e estava usando óculos ontem. Que cara de professor que usa palmatória em quem esquece de fazer a lição de casa, meu Deus!!! Meda!!!!!!!!!!
Perguntinha
O que faz um cara entrar no seu orkut, deixar um recado falando que está com saudade e propondo um vamos nos encontrar, você ir na página dele e dizer que está com saudade também e falar para ele sugerir dia e local, ele entrar vários dias no orkut depois da resposta e não se dignar a escrever um "desisti de te ver, não estou mais com saudade" ou um " estou ocupado esses dias, mas vamos marcar"????? E o cara não é meu paquera, é meu primo! Será que ele quer chamar minha atenção, esperando que eu escreva novamente reclamando da falta de atenção dele, implorando por um encontro???? Se é isso, vai morrer seco. Não tenho saco pra joguinho.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Das razões de não querer ser mãe
Nunca digo nunca. Mas eu não pretendo ter filhos. Várias coisas me levaram a essa decisão - reversível, claro, mas por enquanto firme e forte. Primeiro, fui muito maltratada por outras crianças quando eu também era uma menininha. Naquela época, descobri que crianças são pequenas pessoas muito cruéis. Depois, tenho na lembrança as várias vezes em que minha mãe disse ter se arrependido de casar e ter filhos. Não tem ninguém nesse mundo que possa falar com mais propriedade sobre a tarefa de ter e criar filhos do que sua própria mãe. E quando ela só guarda coisa negativa da experiência, temos de considerar isso como um sinal de alerta.
Mas a decisão de não ter filhos se consolidou mesmo quando eu vi, na aula de ciências da sétima série, um vídeo sobre reprodução humana e bebês. Mostraram um parto natural, na íntegra. Não me esqueço da cena. Que coisa medonha! Que coisa nojenta! Aquele sangue todo, aqueles líquidos todos. E aquela cabeça enorme saindo de um buraco que geralmente é bem menor, mas que ali, com a dilatação, ficou gigantesco.
Não me esqueço de ter me contorcido toda na cadeira, porque comecei a sentir dor em toda a região pélvica. Aquilo deve doer horrores. E não venham me enganar com o papo da anestesia, porque ela só é dada pertinho da hora do bebê realmente sair do corpo da mãe. Até lá, é você, a dilatação, sua dor e Nossa Senhora da Aparecida tentando te consolar...
Escrevo tudo isso porque hoje recebi uma mensagem sobre um artista australiano hiper realista, Ron Mueck. Ele é um escultor fantástico, usa fibra de vidro, e seu trabalho impressiona pelos detalhes, com unhas, veias e rugas nos rostos das pessoas que esculpiu. Ele esculpiu seu pai morto com enorme precisão. O homem foi esculpido morto e nu, a polêmica foi enorme. E ele tem uma obra, "Mother and Child", que é praticamente uma foto de uma mulher e seu filho, assim que acaba o parto. Nem cordão umbilical foi cortado ainda. Não postarei a foto aqui, porque é realista demais da conta. Se quiser ver, entra no blog "A Vida pelos meus olhos", corre a tela e observe a escultura colocada pela Françoise. Meu, aquilo deve doer pra caralho!
Nunca digo nunca. Não é que nunca terei filhos. A possibilidade, contudo, é remota. O mundo não agüenta nem quem já está aqui, para que colocar mais gente no planeta? Só se for para contribuir para a aceleração do processo de extinção da raça humana... E eu nem tenho namorado. Aliás, não tenho nem candidatos a namorado, nem ficante, nem homem lanchinho, nada.
Na minha cabeça, eu teria de namorar, noivar, casar, ficar casadinha um tempo, ver que o casamento se sustenta e ter filho, porque eu sou conversavora e acredito em Tradição, Família e Propriedade, mesmo não tendo a menor ligação com a TFP católica, que são a extrema-direita da extrema-direita brasileira. Bem, e eu já tenho 34 anos. O tempo praticamente acabou.
Mas, contudo, todavia, porém, se calhar de um dia eu ficar grávida, esse ser que eu vou botar no mundo terá uma dívida do tamanho da dívida pública brasileira para me pagar pela dor do parto. Ou seja, o coitado ou a coitada já nasceu assim meio Brasil, totalmente ferrado, porque dívida assim é impagável!
Mas a decisão de não ter filhos se consolidou mesmo quando eu vi, na aula de ciências da sétima série, um vídeo sobre reprodução humana e bebês. Mostraram um parto natural, na íntegra. Não me esqueço da cena. Que coisa medonha! Que coisa nojenta! Aquele sangue todo, aqueles líquidos todos. E aquela cabeça enorme saindo de um buraco que geralmente é bem menor, mas que ali, com a dilatação, ficou gigantesco.
Não me esqueço de ter me contorcido toda na cadeira, porque comecei a sentir dor em toda a região pélvica. Aquilo deve doer horrores. E não venham me enganar com o papo da anestesia, porque ela só é dada pertinho da hora do bebê realmente sair do corpo da mãe. Até lá, é você, a dilatação, sua dor e Nossa Senhora da Aparecida tentando te consolar...
Escrevo tudo isso porque hoje recebi uma mensagem sobre um artista australiano hiper realista, Ron Mueck. Ele é um escultor fantástico, usa fibra de vidro, e seu trabalho impressiona pelos detalhes, com unhas, veias e rugas nos rostos das pessoas que esculpiu. Ele esculpiu seu pai morto com enorme precisão. O homem foi esculpido morto e nu, a polêmica foi enorme. E ele tem uma obra, "Mother and Child", que é praticamente uma foto de uma mulher e seu filho, assim que acaba o parto. Nem cordão umbilical foi cortado ainda. Não postarei a foto aqui, porque é realista demais da conta. Se quiser ver, entra no blog "A Vida pelos meus olhos", corre a tela e observe a escultura colocada pela Françoise. Meu, aquilo deve doer pra caralho!
Nunca digo nunca. Não é que nunca terei filhos. A possibilidade, contudo, é remota. O mundo não agüenta nem quem já está aqui, para que colocar mais gente no planeta? Só se for para contribuir para a aceleração do processo de extinção da raça humana... E eu nem tenho namorado. Aliás, não tenho nem candidatos a namorado, nem ficante, nem homem lanchinho, nada.
Na minha cabeça, eu teria de namorar, noivar, casar, ficar casadinha um tempo, ver que o casamento se sustenta e ter filho, porque eu sou conversavora e acredito em Tradição, Família e Propriedade, mesmo não tendo a menor ligação com a TFP católica, que são a extrema-direita da extrema-direita brasileira. Bem, e eu já tenho 34 anos. O tempo praticamente acabou.
Mas, contudo, todavia, porém, se calhar de um dia eu ficar grávida, esse ser que eu vou botar no mundo terá uma dívida do tamanho da dívida pública brasileira para me pagar pela dor do parto. Ou seja, o coitado ou a coitada já nasceu assim meio Brasil, totalmente ferrado, porque dívida assim é impagável!
terça-feira, 22 de julho de 2008
Eu sou charlatã, meninas, charlatã!
De uns tempos para cá, algumas das minhas melhores amigas têm falado muito comigo sobre homens. Sempre falaram, mas agora parece que falam mais do que antes. Talvez porque todas estejam ali na casa dos 33, 35 anos... Será que é o tal do medo desesperado de ficar pra titia? Não sei, não sei. Elas falam sobre os homens que estão na vida delas ou sobre os homens que gostariam que estivesse. Elas desabafam e sinto que querem conselhos. E eu, pior, acabo dando os tais conselhos, como se fosse o supra-sumo da sabedoria em relacionamentos homem-mulher.
Veja bem, eu não entendo nada de homem. Aliás, não entendo nada de gente. Se quiser conselho sobre cachorro, pode me pedir, eu sou excelente educadora de bichos, modéstia à parte. Todos os cachorros que eu eduquei - Bobby, Dandy, Luppy, Babi e Pituca - são cachorros extremamente educados. De verdade. Eles têm mais educação na ponta dos seus rabinhos do que eu tenho em todo o meu corpitcho. Aliás, eles tinham educação, pois os três primeiros já morreram, de velhice, quero destacar, porque cuidamos muito bem dos nossos pets.
Babi e Pituca, por exemplo, só saem da sua frente se você pedir licença. Se falar sai, elas não entendem. E não precisa falar duas vezes com elas: a Babi atende na primeira e a Pituca, que está ficando velhinha e rabujenta, atende na segunda ou terceira, dependendo do que for. Descer do sofá é mais complicado, tem de falar três vezes. Mas, no geral, duas bastam para ela obedecer. Nem precisa alterar a voz. São umas ladies essas minhas fofuxas!
Desviei do assunto: amigas me pedindo conselhos sobre homens e relacionamentos. Eu não sei me relacionar. Nem na amizade, nem romanticamente. Na amizade, eu até me viro bem com os meninos; já com as meninas eu tenho muitos problemas. De relacionamentos românticos, fujo igual o diabo da cruz. Ou melhor, tem vezes que me comporto como a Babi embaixo da água do chuveiro na hora do banho: eu fico parada, deixando as coisas acontecerem, porque eu sei que vai passar a paixonite. Assim como a Babi fica de cabeça baixa embaixo da água, olhando para o chão pacientemente, porque ela sabe que o banho vai acabar em alguma hora.
Comecei com mais de 20 anos nessa vida de beijar na boca, porque sempre me achei medonha e nunca acreditei que os meninos pudessem se interessar por mim. Um dia encontrei um cara que parecia que não ia debochar da minha pessoa nem me fazer virar a piada do ano porque eu nunca tinha ficado com ninguém, apesar de estar com uns 21 ou 22 anos. Por causa disso, fiquei com ele. Se não com ele, com quem eu ficaria, onde acharia alguém discreto e de confiança?
Nunca gostei muito desse cara, pra ser honesta. Fiquei com ele por medo de nunca mais alguém se interessar por mim. Eu estava certa: depois dele, quase ninguém se interessou, tirando uns três malucos aí, que eu despachei. Mas eu estava errada em uma coisa: eu sobrevivi e sobrevivo, muito bem, obrigada, nessa minha vida solteira e sozinha. Gosto mesmo de ser só, não é papo.
Tive esse único relacionamento sério na vida. Foi meu primeiro e último, durou uns quatro anos e foi uma merda. Durmi com uns cinco caras diferentes depois disso. Com dois deles, quase rolou um namoro. Um, conheceu uma moça, se apaixonou, noivou e quase casou. Eu fiquei de lado. Mas não cobrei nada. Era só uma rolo mesmo e eu nem tava tão interessada assim no moço, apesar de ser legal ficar com ele. O outro aparentemente gostava de mim, mas eu não gostava dele. Decidi sair fora antes que ele se magoasse demais.
O resto foi tudo folia de uma noite. Apesar de eu ter me apaixonado fortemente justamente por dois desses caras que foram folia. Não deu em nada. Não me pergunto porquê. Não me interessei ainda por fazer análises psicológicas sobre isso. Um dia, quem sabe, eu faço essa avaliação.
E, vejam, depois de todo esse histórico... As minhas amigas pedem conselho pra mim! Pra euzinha, essa pessoa que sabe tudo de cachorro e nada de ser humano e de relacionamento amoroso. Pra mim, pessoa cheia de preconceitos sobre o que é e o que pensa o ser do sexo masculino. Muito metida na hora de falar para elas: faça assim, faça assado. Eu boto um verbo tentar: por que não tenta isso ou aquilo? Mas é pra disfarçar a minha petulância, a minha arrogância. Que experiência eu tenho nisso, gentes? Nenhuma, praticamente nenhuma. Como é que alguém, em sã consciência, acha que o que eu falo se escreve, hein???
Essas minhas amigas são é umas loucas. Eu até aviso: fia, eu não entendo nada disso, de homem, de relacionamento, nem sentir falta disso eu sinto, você tá falando com a pessoa errada. Mas elas insistem em desabafar e perguntar o que fazer, o que não fazer, por que o cara fez assim, fez assado, o que eu acho. E eu acabo falando demais, meu lado psicóloga charlatã não resiste. Mas eu realmente preciso começar a fechar a matraca. Imediatamente, sob pena de acabar arruinando a vida de alguma dessas meninas, de maneira irreversível.
Veja bem, eu não entendo nada de homem. Aliás, não entendo nada de gente. Se quiser conselho sobre cachorro, pode me pedir, eu sou excelente educadora de bichos, modéstia à parte. Todos os cachorros que eu eduquei - Bobby, Dandy, Luppy, Babi e Pituca - são cachorros extremamente educados. De verdade. Eles têm mais educação na ponta dos seus rabinhos do que eu tenho em todo o meu corpitcho. Aliás, eles tinham educação, pois os três primeiros já morreram, de velhice, quero destacar, porque cuidamos muito bem dos nossos pets.
Babi e Pituca, por exemplo, só saem da sua frente se você pedir licença. Se falar sai, elas não entendem. E não precisa falar duas vezes com elas: a Babi atende na primeira e a Pituca, que está ficando velhinha e rabujenta, atende na segunda ou terceira, dependendo do que for. Descer do sofá é mais complicado, tem de falar três vezes. Mas, no geral, duas bastam para ela obedecer. Nem precisa alterar a voz. São umas ladies essas minhas fofuxas!
Desviei do assunto: amigas me pedindo conselhos sobre homens e relacionamentos. Eu não sei me relacionar. Nem na amizade, nem romanticamente. Na amizade, eu até me viro bem com os meninos; já com as meninas eu tenho muitos problemas. De relacionamentos românticos, fujo igual o diabo da cruz. Ou melhor, tem vezes que me comporto como a Babi embaixo da água do chuveiro na hora do banho: eu fico parada, deixando as coisas acontecerem, porque eu sei que vai passar a paixonite. Assim como a Babi fica de cabeça baixa embaixo da água, olhando para o chão pacientemente, porque ela sabe que o banho vai acabar em alguma hora.
Comecei com mais de 20 anos nessa vida de beijar na boca, porque sempre me achei medonha e nunca acreditei que os meninos pudessem se interessar por mim. Um dia encontrei um cara que parecia que não ia debochar da minha pessoa nem me fazer virar a piada do ano porque eu nunca tinha ficado com ninguém, apesar de estar com uns 21 ou 22 anos. Por causa disso, fiquei com ele. Se não com ele, com quem eu ficaria, onde acharia alguém discreto e de confiança?
Nunca gostei muito desse cara, pra ser honesta. Fiquei com ele por medo de nunca mais alguém se interessar por mim. Eu estava certa: depois dele, quase ninguém se interessou, tirando uns três malucos aí, que eu despachei. Mas eu estava errada em uma coisa: eu sobrevivi e sobrevivo, muito bem, obrigada, nessa minha vida solteira e sozinha. Gosto mesmo de ser só, não é papo.
Tive esse único relacionamento sério na vida. Foi meu primeiro e último, durou uns quatro anos e foi uma merda. Durmi com uns cinco caras diferentes depois disso. Com dois deles, quase rolou um namoro. Um, conheceu uma moça, se apaixonou, noivou e quase casou. Eu fiquei de lado. Mas não cobrei nada. Era só uma rolo mesmo e eu nem tava tão interessada assim no moço, apesar de ser legal ficar com ele. O outro aparentemente gostava de mim, mas eu não gostava dele. Decidi sair fora antes que ele se magoasse demais.
O resto foi tudo folia de uma noite. Apesar de eu ter me apaixonado fortemente justamente por dois desses caras que foram folia. Não deu em nada. Não me pergunto porquê. Não me interessei ainda por fazer análises psicológicas sobre isso. Um dia, quem sabe, eu faço essa avaliação.
E, vejam, depois de todo esse histórico... As minhas amigas pedem conselho pra mim! Pra euzinha, essa pessoa que sabe tudo de cachorro e nada de ser humano e de relacionamento amoroso. Pra mim, pessoa cheia de preconceitos sobre o que é e o que pensa o ser do sexo masculino. Muito metida na hora de falar para elas: faça assim, faça assado. Eu boto um verbo tentar: por que não tenta isso ou aquilo? Mas é pra disfarçar a minha petulância, a minha arrogância. Que experiência eu tenho nisso, gentes? Nenhuma, praticamente nenhuma. Como é que alguém, em sã consciência, acha que o que eu falo se escreve, hein???
Essas minhas amigas são é umas loucas. Eu até aviso: fia, eu não entendo nada disso, de homem, de relacionamento, nem sentir falta disso eu sinto, você tá falando com a pessoa errada. Mas elas insistem em desabafar e perguntar o que fazer, o que não fazer, por que o cara fez assim, fez assado, o que eu acho. E eu acabo falando demais, meu lado psicóloga charlatã não resiste. Mas eu realmente preciso começar a fechar a matraca. Imediatamente, sob pena de acabar arruinando a vida de alguma dessas meninas, de maneira irreversível.
Desculpa aí, mas não tenho jeito pra isso não
É sempre a mesma coisa: eu vejo um cara, me apaixono à primeira vista, não consigo estabelecer contato com o digníssimo, fico agoniada por muito tempo, sonhando com o tal moço, ele acerta a vida dele, com outra, claro, e eu fico anos em estado dormente, até ver outro moço e começar esse ciclo sem esperança, de novo.
A verdade é que eu não nasci pra esse trem de paixão e amor. Não sei gostar dos outros. Nem de mim, nem dos outros. Por não saber gostar, acabo magoando as pessoas. E elas, agredidas, revidam. E me magoam. Não faço por mal, nem de propósito. Só não sei mesmo gostar das pessoas. Então, nem tento chegar perto dos moços. Pra magoar e ser magoada??? Não, não senhor, a vida é curta demais pra eu ficar caçando sofrimento.
Eu não sei mesmo gostar, faltou competência... Desculpa aí!
A verdade é que eu não nasci pra esse trem de paixão e amor. Não sei gostar dos outros. Nem de mim, nem dos outros. Por não saber gostar, acabo magoando as pessoas. E elas, agredidas, revidam. E me magoam. Não faço por mal, nem de propósito. Só não sei mesmo gostar das pessoas. Então, nem tento chegar perto dos moços. Pra magoar e ser magoada??? Não, não senhor, a vida é curta demais pra eu ficar caçando sofrimento.
Eu não sei mesmo gostar, faltou competência... Desculpa aí!
sexta-feira, 18 de julho de 2008
187 milhões de cabeças de gado
Capa da Folha de S. Paulo hoje está um primor... A foto das famílias homenageando os mortos na queda do avião da TAM em Congonhas, acidente ocorrido há um ano, e uma notícia sobre a prisão dos oito controladores de vôo que fizeram uma greve contra as más condições e infra-estrutura precária do sistema de controle de vôo nacional após a queda do avião da Gol.
Isso é a justiça brasileira: os controladores, responsáveis por revelar a nossa fragilidade, estão presos pela queda de um avião que ocorreu apenas porque dois estrangeiros dos EUA não deixaram ligado um componente fundamental do seu pequeno aviãozinho, e, com isso, bateram no Boeing da Gol e mataram todo mundo. Esses pilotozinhos estão livres, leves e soltos, nos EUA, voando pra cá e pra lá, enquanto nossos controladores estão presos.
Já sobre o acidente da TAM, sequer o laudo das causas foi concluído, um ano depois. Famílias inteiras buscam saber o que ocorreu, gente depende de indenização, porque morreu a pessoa que sustentava a família. Mas nossa justiça não coloca pressão sobre a empresa nem sobre quem faz o maldito laudo para que isso saia logo. Pra TAM, não interessa ter o laudo, quanto mais demorar, melhor.
Esse caso da TAM foi sintomático do que é o Brasil, aliás: um avião cai, morrem 200 pessoas, e o dono do puteiro é que foi preso!!! Não é fantástico, quer um país mais surreal do que o Brasil? E acho que já tá solto. Ninguém perguntou quem foi o fiscal da subprefeitura que recebeu propina do dono do puteiro para ele construir o motel com cara de hotel bem na rota de pouso dos aviões, né? Esse fiscal não tinha de ser preso também???
Resumo: os caras dos EUA, maiores responsáveis pelo acidente da Gol, estão nos EUA, livres. Os familiares das vítimas do caso da TAM não tem retorno sobre o acidente. Mas nossa justiça foi primorosa, rápida, em punir os pobres dos controladores. E absolutamente ninguém reclama disso. A corda estoura sempre pro lado mais fraco, mas tudo normal, exceto pra quem perdeu gente nos acidentes e pros parentes dos controladores.
Esses fatos me fazem cantar a música "Autoridades", do Capital Inicial:
"Autoridades incompetentes, sabem que vocês não passam de fantoches.
Bonecos para brincar!
Bonecos para brincar!
Autoridades incompetentes, sabem que vocês estão em fila.
E a fila não incomoda.
A fila não incomoda.
A fila não incomoda.
A fila não incomoda."
O Brasil não passa de um grande pasto com 187 milhões de cabeças de gado olhando pro chão, ruminando grama... Povo de merda, país de merda!
Eu queria muito poder fazer algo além de xingar. Porque o País não merece o povo que tem, não merece mesmo... Tenho de pensar nisso.
Isso é a justiça brasileira: os controladores, responsáveis por revelar a nossa fragilidade, estão presos pela queda de um avião que ocorreu apenas porque dois estrangeiros dos EUA não deixaram ligado um componente fundamental do seu pequeno aviãozinho, e, com isso, bateram no Boeing da Gol e mataram todo mundo. Esses pilotozinhos estão livres, leves e soltos, nos EUA, voando pra cá e pra lá, enquanto nossos controladores estão presos.
Já sobre o acidente da TAM, sequer o laudo das causas foi concluído, um ano depois. Famílias inteiras buscam saber o que ocorreu, gente depende de indenização, porque morreu a pessoa que sustentava a família. Mas nossa justiça não coloca pressão sobre a empresa nem sobre quem faz o maldito laudo para que isso saia logo. Pra TAM, não interessa ter o laudo, quanto mais demorar, melhor.
Esse caso da TAM foi sintomático do que é o Brasil, aliás: um avião cai, morrem 200 pessoas, e o dono do puteiro é que foi preso!!! Não é fantástico, quer um país mais surreal do que o Brasil? E acho que já tá solto. Ninguém perguntou quem foi o fiscal da subprefeitura que recebeu propina do dono do puteiro para ele construir o motel com cara de hotel bem na rota de pouso dos aviões, né? Esse fiscal não tinha de ser preso também???
Resumo: os caras dos EUA, maiores responsáveis pelo acidente da Gol, estão nos EUA, livres. Os familiares das vítimas do caso da TAM não tem retorno sobre o acidente. Mas nossa justiça foi primorosa, rápida, em punir os pobres dos controladores. E absolutamente ninguém reclama disso. A corda estoura sempre pro lado mais fraco, mas tudo normal, exceto pra quem perdeu gente nos acidentes e pros parentes dos controladores.
Esses fatos me fazem cantar a música "Autoridades", do Capital Inicial:
"Autoridades incompetentes, sabem que vocês não passam de fantoches.
Bonecos para brincar!
Bonecos para brincar!
Autoridades incompetentes, sabem que vocês estão em fila.
E a fila não incomoda.
A fila não incomoda.
A fila não incomoda.
A fila não incomoda."
O Brasil não passa de um grande pasto com 187 milhões de cabeças de gado olhando pro chão, ruminando grama... Povo de merda, país de merda!
Eu queria muito poder fazer algo além de xingar. Porque o País não merece o povo que tem, não merece mesmo... Tenho de pensar nisso.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Um PS sobre o PM
Primeiro, eu tinha confirmado aqui que o Ricardo era o cara do carro que me encarou. Depois eu desconfirmei, achei que tinha me confundido. Agora, já não sei mais o que ocorre. Sinceramente, não sei, pode ser que tudo o que escrevi até aqui sobre esse assunto seja uma invenção da minha cabeça. Pode ser que ele não olhe nada pra mim, eu que esteja vendo coisa. Pode ser que ele esteja perdidamente apaixonado pela minha pessoa, mas não tem como chegar, o que eu acho ser pouco provável, mas provável é, porque o moço parece ser tímido. Pode ser que ele esteja apenas curioso. Pode ser o ego dele falando mais alto, hipótese que me parece a mais correta. Pode ser muita coisa... Daqui a pouco, acho que vou duvidar da existência do PM Ricardo. Afe, coisa confusa esse trem de paixonite, viu?
Pedala Robinho!
Estou eu, e o sobrinho de menos de dois anos, na calçada da mamys. Ele tinha acabado de dirigir o carro da Titi. E eu estava lá, enrolando com ele na rua, porque ele queria brincar. Quando quase convenço o pestinha que temos de entrar, o PM Ricardo vem descendo a rua... Milagrosamente, a pé, e sozinho. Todo de preto, lindo, lindo. Era a chance de falar oi, sem ter um vidro de carro entre as duas pessoas, certo? Certo pra qualquer pessoa que não seja uma bundona como eu.
Ele sorriu, tenho certeza, alguma coisa mudou no rosto dele porque ele notou que eu tava olhando e que eu desisti de entrar na casa da mamys só pra esperá-lo passar. E meu sexto sentido diz que ele realmente esperava que eu aproveitasse a oportunidade para falar um oi e começar um contato, breve que fosse. Mas, na hora que ele chegou a uma distância em que eu poderia dizer um "oi, tudo bem?", meu sobrinho se jogou da calçada alta e eu tive de pegá-lo. E o resultado é que eu podia ter pego o nenê, falado um oi e comentado sobre o meu sobrinho "kamikaze", mas tudo o que eu fiz foi pegar o bebê, olhar pra ele, ver que ele estava olhando, dar um sorriso pro bebê e... abaixar a cabeça.
É, senhoras e senhores, a patetona aqui, com 3.4 nas costas praticamente, só fez isso, abaixou a cabeça. Mereço ou não um pedala Robinho bem aplicado????
Ele sorriu, tenho certeza, alguma coisa mudou no rosto dele porque ele notou que eu tava olhando e que eu desisti de entrar na casa da mamys só pra esperá-lo passar. E meu sexto sentido diz que ele realmente esperava que eu aproveitasse a oportunidade para falar um oi e começar um contato, breve que fosse. Mas, na hora que ele chegou a uma distância em que eu poderia dizer um "oi, tudo bem?", meu sobrinho se jogou da calçada alta e eu tive de pegá-lo. E o resultado é que eu podia ter pego o nenê, falado um oi e comentado sobre o meu sobrinho "kamikaze", mas tudo o que eu fiz foi pegar o bebê, olhar pra ele, ver que ele estava olhando, dar um sorriso pro bebê e... abaixar a cabeça.
É, senhoras e senhores, a patetona aqui, com 3.4 nas costas praticamente, só fez isso, abaixou a cabeça. Mereço ou não um pedala Robinho bem aplicado????
Subiu no salto, sustenta, fia!
Eu tenho asco de gente que se acha. Se é pra se achar, então, sustenta que pode, certo? Na apresentação de dança de ventre domingo, a dita cuja Simone, que se acha A bailarina, A melhor de todas, A poderosa, justamente ela, A fodona, fodeu a coreografia. Adiantou o passo e puft, ferrou tudo.
Isso mesmo, a Simone, aquela que não quis usar os mesmos adereços que as outras componentes do grupo. Que fez questão de ficar na frente toda brilhando de prata, enquanto nós, pobrezinhas, lá atrás, de dourado e adereços idênticos. Ela lá na frente, fazendo pose, aparecendo mais, e ERRANDO FEIO!
Nós, as que nada sabemos, as modestas, as imbecis, que tivemos de correr atrás do passo errado dela, para que coletivamente errássemos juntas e a coisa não ficasse tão monstruosamente fora de sincronia. O grupo funcionou perfeitamente. Tirando a poderosa Simone e seus tons prateados e seus passos adiantados e fora do ritmo...
Vaidade devia ser crime no mundo da arte, crime com pena de amputação das pernas de quem erra passo de dança depois de fazer mundos e fundos para aparecer mais do que as colegas de coreografia.
Por isso que gosto de dizer que tudo que sei é que nada sei. Porque pra ser fodona, tem de sustentar. Subir no salto e não descer. Ser perfeita. Não errar. Do contrário, é só banca. Do contrário, só recebe caretas e críticas. Fulana assim merece uns tomates na cachola enquanto tá dançando. Pra ver se, passando vergonha, aprende alguma coisa!
Isso mesmo, a Simone, aquela que não quis usar os mesmos adereços que as outras componentes do grupo. Que fez questão de ficar na frente toda brilhando de prata, enquanto nós, pobrezinhas, lá atrás, de dourado e adereços idênticos. Ela lá na frente, fazendo pose, aparecendo mais, e ERRANDO FEIO!
Nós, as que nada sabemos, as modestas, as imbecis, que tivemos de correr atrás do passo errado dela, para que coletivamente errássemos juntas e a coisa não ficasse tão monstruosamente fora de sincronia. O grupo funcionou perfeitamente. Tirando a poderosa Simone e seus tons prateados e seus passos adiantados e fora do ritmo...
Vaidade devia ser crime no mundo da arte, crime com pena de amputação das pernas de quem erra passo de dança depois de fazer mundos e fundos para aparecer mais do que as colegas de coreografia.
Por isso que gosto de dizer que tudo que sei é que nada sei. Porque pra ser fodona, tem de sustentar. Subir no salto e não descer. Ser perfeita. Não errar. Do contrário, é só banca. Do contrário, só recebe caretas e críticas. Fulana assim merece uns tomates na cachola enquanto tá dançando. Pra ver se, passando vergonha, aprende alguma coisa!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Aula de etiqueta pra homem brasileiro em festa árabe
Festa árabe é tudo de bom, mesmo para quem não é árabe, como é o meu caso. Cultura diferente. A música árabe é algo muito, muito diverso do que estamos acostumados. Quem tem mente aberta, consegue curtir. Dança árabe - que é muito mais do que dança do ventre - é fantástica. Temos nossas rodas de samba. Os árabes têm as rodas de dabke, uma dança predominantemente masculina, vinda do interior do Líbano. Aqui, a mulherada também dança. Na ponta, pulando alto como os homens, batendo os pés como os homens. Bem, aqui é Brasil. Então, árabes, acostumem-se!
O grande problema das festas árabes é o chamado sem noção. Aquele brasileiro que é um imbecil completo e que pensa que festa árabe é mulher "rebolando" dança do ventre, com isso pedindo para ele desesperadamente chegar nela. E pegar, de preferência. Aquele brasileiro que vê cultura árabe como o estrangeiro vê o Brasil: sinônimo de bunda. O carinha vai na festa árabe não pra ver algo diferente, abrir horizontes, mas sim caçar. E a gente que vai porque gosta da cultura se fode de verde-amarelo com os caipirias tupiniquins.
Primeiro, os tais babacas ficam forçando a barra pra pegar a mulherada, achando que têm direito porque elas estão lá dançando uma dança "rebolativa". Filho, entenda, nem que eu saia pelada na rua você tem o direito de passar a mão em mim. Não, a gente não quer caçar. A gente quer treinar na pista de dança o que aprende na academia, dançando com outras amigas. Ou com os homens árabes, que sabem que a gente está só dançando, e não se oferecendo. E que sabem dançar, ao contrário dos babacas brasileiros. (Nem todo brasileiro que vai na festa é babaca, mas 99% dos babacas da festa são brasileiros!)
Segundo, cara, não adianta você entrar na roda de dabke e começar a pular e chutar como se estivesse imitando macaco ou num show de rock. Não, não vamos achar você uma pessoa descolada, que sabe se divertir. A gente sabe que você não sabe picas de dabke, aliás a gente sabe que você não sabe nem onde você está. E nós vamos xingar da primeira até a última geração da família da sua mãe, aquela infeliz que te colocou no mundo, um filho da puta para nos atrapalhar na nossa curtição.
Aliás, quem não sabe dançar dabke, fica fora da roda, caralho. Homem, mulher, que porra de sexo for... Fora, fooooora... Até aprender o passo básico, não entra. Aquilo é uma roda, roda é solidariedade entre pessoas. A gente segura as mãos por um motivo, apoiar quem dança ao lado nos pulos. Quem não sabe dançar só atrapalha quem sabe. Eu demorei seis meses para entrar numa roda, porque não queria atrapalhar. Mas não precisa demorar tanto, uns 10 minutos vendo de fora a roda se aprende o passo básico. Aí você entra, pessoa babaca, sabendo o básico, sem pular e chutar como um maluco em crise epiléptica. E entra no meio da roda, não na ponta, porque você não sabe nada para ficar na ponta, entendeu? Você sabe o básico apenas. Espaço público, gente, respeita o colega. Não vai se divertir atrapalhando a diversão do vizinho.
Terceiro: homens, não, nunca, em hipótese nenhuma, nem que estejam trêbados, tentem imitar as mulheres dançando dança do ventre, achando que isso é legal, engraçado e que alguém que olha de fora pensa o mesmo. Tô cansada de ver as rodinhas dos sem noção, menininhos que deviam estar mamando em casa, na cama, trocando a fraldinha molhada, lá na nossa festa, fumando charuto como se isso fosse muito másculo, e dançando como mulher, rindo um do outro. Me dá vontade de pegar o carvão do arguile e queimar a bunda de todos esses filhos da puta debochadinhos e imbecis. Ainda farei isso um dia.
Quando os sem noção começam a dançar como mulher, ocorre o seguinte: os homens árabes acham que vocês são apenas uns preconceituosos e mal educados. As mulheres brasileiras que vocês vão lá pra tentar pegar, aquelas que entendem da cultura, vão achar que vocês são preconceituosos, mal educados ao debocharem da cultura e que estavam esperando um pretexto para liberar a pessoa gay que existe em vocês. E a gente não tem nada contra gay, mas não vai ficar com gay, certo? Na verdade, a gente tem é nojo desses tipinhos que não respeitam a cultura, pessoas. Nojo! Asco! Entenderam?
Enfim, se comportem ou nem apareçam. A comunidade árabe e da dança do vente agradece a ausência.
O grande problema das festas árabes é o chamado sem noção. Aquele brasileiro que é um imbecil completo e que pensa que festa árabe é mulher "rebolando" dança do ventre, com isso pedindo para ele desesperadamente chegar nela. E pegar, de preferência. Aquele brasileiro que vê cultura árabe como o estrangeiro vê o Brasil: sinônimo de bunda. O carinha vai na festa árabe não pra ver algo diferente, abrir horizontes, mas sim caçar. E a gente que vai porque gosta da cultura se fode de verde-amarelo com os caipirias tupiniquins.
Primeiro, os tais babacas ficam forçando a barra pra pegar a mulherada, achando que têm direito porque elas estão lá dançando uma dança "rebolativa". Filho, entenda, nem que eu saia pelada na rua você tem o direito de passar a mão em mim. Não, a gente não quer caçar. A gente quer treinar na pista de dança o que aprende na academia, dançando com outras amigas. Ou com os homens árabes, que sabem que a gente está só dançando, e não se oferecendo. E que sabem dançar, ao contrário dos babacas brasileiros. (Nem todo brasileiro que vai na festa é babaca, mas 99% dos babacas da festa são brasileiros!)
Segundo, cara, não adianta você entrar na roda de dabke e começar a pular e chutar como se estivesse imitando macaco ou num show de rock. Não, não vamos achar você uma pessoa descolada, que sabe se divertir. A gente sabe que você não sabe picas de dabke, aliás a gente sabe que você não sabe nem onde você está. E nós vamos xingar da primeira até a última geração da família da sua mãe, aquela infeliz que te colocou no mundo, um filho da puta para nos atrapalhar na nossa curtição.
Aliás, quem não sabe dançar dabke, fica fora da roda, caralho. Homem, mulher, que porra de sexo for... Fora, fooooora... Até aprender o passo básico, não entra. Aquilo é uma roda, roda é solidariedade entre pessoas. A gente segura as mãos por um motivo, apoiar quem dança ao lado nos pulos. Quem não sabe dançar só atrapalha quem sabe. Eu demorei seis meses para entrar numa roda, porque não queria atrapalhar. Mas não precisa demorar tanto, uns 10 minutos vendo de fora a roda se aprende o passo básico. Aí você entra, pessoa babaca, sabendo o básico, sem pular e chutar como um maluco em crise epiléptica. E entra no meio da roda, não na ponta, porque você não sabe nada para ficar na ponta, entendeu? Você sabe o básico apenas. Espaço público, gente, respeita o colega. Não vai se divertir atrapalhando a diversão do vizinho.
Terceiro: homens, não, nunca, em hipótese nenhuma, nem que estejam trêbados, tentem imitar as mulheres dançando dança do ventre, achando que isso é legal, engraçado e que alguém que olha de fora pensa o mesmo. Tô cansada de ver as rodinhas dos sem noção, menininhos que deviam estar mamando em casa, na cama, trocando a fraldinha molhada, lá na nossa festa, fumando charuto como se isso fosse muito másculo, e dançando como mulher, rindo um do outro. Me dá vontade de pegar o carvão do arguile e queimar a bunda de todos esses filhos da puta debochadinhos e imbecis. Ainda farei isso um dia.
Quando os sem noção começam a dançar como mulher, ocorre o seguinte: os homens árabes acham que vocês são apenas uns preconceituosos e mal educados. As mulheres brasileiras que vocês vão lá pra tentar pegar, aquelas que entendem da cultura, vão achar que vocês são preconceituosos, mal educados ao debocharem da cultura e que estavam esperando um pretexto para liberar a pessoa gay que existe em vocês. E a gente não tem nada contra gay, mas não vai ficar com gay, certo? Na verdade, a gente tem é nojo desses tipinhos que não respeitam a cultura, pessoas. Nojo! Asco! Entenderam?
Enfim, se comportem ou nem apareçam. A comunidade árabe e da dança do vente agradece a ausência.
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