Eu tenho asco de gente que se acha. Se é pra se achar, então, sustenta que pode, certo? Na apresentação de dança de ventre domingo, a dita cuja Simone, que se acha A bailarina, A melhor de todas, A poderosa, justamente ela, A fodona, fodeu a coreografia. Adiantou o passo e puft, ferrou tudo.
Isso mesmo, a Simone, aquela que não quis usar os mesmos adereços que as outras componentes do grupo. Que fez questão de ficar na frente toda brilhando de prata, enquanto nós, pobrezinhas, lá atrás, de dourado e adereços idênticos. Ela lá na frente, fazendo pose, aparecendo mais, e ERRANDO FEIO!
Nós, as que nada sabemos, as modestas, as imbecis, que tivemos de correr atrás do passo errado dela, para que coletivamente errássemos juntas e a coisa não ficasse tão monstruosamente fora de sincronia. O grupo funcionou perfeitamente. Tirando a poderosa Simone e seus tons prateados e seus passos adiantados e fora do ritmo...
Vaidade devia ser crime no mundo da arte, crime com pena de amputação das pernas de quem erra passo de dança depois de fazer mundos e fundos para aparecer mais do que as colegas de coreografia.
Por isso que gosto de dizer que tudo que sei é que nada sei. Porque pra ser fodona, tem de sustentar. Subir no salto e não descer. Ser perfeita. Não errar. Do contrário, é só banca. Do contrário, só recebe caretas e críticas. Fulana assim merece uns tomates na cachola enquanto tá dançando. Pra ver se, passando vergonha, aprende alguma coisa!
quarta-feira, 16 de julho de 2008
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